30 dias de oração pelos cristãos ex-muçulmanos

Dia 1 – Oriente médio

Em alguns países do Oriente Médio, como Irã, Iraque, Síria, Egito e Jordânia, a igreja existe desde os dias posteriores ao Pentecostes narrado no livro de Atos. É a chamada igreja histórica, que tem resistido ao longo dos séculos. Com o advento do islamismo no século 7, a região foi islamizada e hoje é constituída por países de maioria islâmica. Atualmente, há apenas uma pequena porcentagem de cristãos históricos nesses países; eles são reconhecidos pelo governo como uma minoria.

Já em países da Península Arábica, há apenas a nova expressão da igreja, formada por cristãos ex-muçulmanos – aqueles que se converteram do islamismo ao cristianismo. Eles não são reconhecidos pelo governo. Pelo contrário, os cristãos convertidos do islamismo são vistos como infiéis e apóstatas, dignos de morte. Isso acontece até mesmo na maioria dos países em que há uma porcentagem reconhecida de cristãos históricos. Por causa disso, eles só podem se reunir em segredo e muitos vivem a fé de modo isolado. De acordo com os governos e a sociedade, não há seguidores de Jesus nativos na Arábia Saudita, Omã ou Iêmen, por exemplo.

Ore

Para que o Senhor fortaleça os cristãos no Oriente Médio e, assim, a igreja seja relevante em seu contexto, atraindo outros a Cristo. Interceda para que os cristãos ex-muçulmanos sejam discipulados em segurança.

Dia 2 – Irã

Fatemeh Mohammadi, 21, é uma cristã ex-muçulmana e ativista no Irã. Após a conversão, passou a relatar nas redes sociais os abusos enfrentados pelos seguidores de Jesus. Ela já passou seis meses na prisão de Evin por ser “membro de grupo evangélico, engajamento em atividades cristãs, atuação contra a segurança nacional e propaganda contra o regime”.

Fatemeh foi expulsa da Universidade de Teerã na véspera de fazer os exames de inglês. Em 19 de janeiro de 2020, foi detida, junto com outros
manifestantes, ao participar de um protesto contra uma operação do governo. No dia da prisão, ela publicou vários tweets acusando os governantes de censura à imprensa iraniana e outras coisas.

No final de fevereiro, a cristã ex-muçulmana foi solta sob fiança em regime condicional e relatou os maus-tratos enfrentados na prisão. Ela disse que ficou amarrada de costas com outra mulher e que quando foi levada ao centro de detenção em Vozara, passou as primeiras 24 horas sem alimentação, sentada no quintal em frente aos banheiros.

Ore

Agradecendo a Deus pela libertação de Fatemeh e de outros cristãos recentemente. Peça que os que ainda estão presos sejam libertados e que, enquanto isso não acontece, eles testemunhem de Jesus na prisão.

“Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles; dos
que estão sendo maltratados, como se fossem vocês mesmos que o estivessem sofrendo no corpo.”

Hebreus 13.3

Dia 3 – Iêmen

O iemenita Mohammad, 44, se converteu há cerca de 17 anos lendo escondido uma Bíblia que comprou em um sebo. “Quando me converti, pensava que era o único cristão no Iêmen; por um longo tempo, não conhecia nenhum outro cristão. Agora conheço muitos e há mais como nós”, conta. Quando se casou com Alima, ela ainda era muçulmana, mas depois de experimentar alguns milagres, como a segunda gestação e o livramento em um acidente de carro, se converteu. A casa deles se transformou em uma igreja doméstica, com dois grupos para homens e dois para mulheres, um para novos convertidos e outro para já batizados.

Como parte de seu trabalho, Mohammad sempre recebeu várias pessoas em casa, então isso justifica as visitas dos irmãos agora. Eles explicam como funcionam os cultos: “Às vezes ficamos três ou quatro horas juntos. As pessoas não chegam nem saem ao mesmo tempo por razões de segurança. Como há muito barulho na rua, isso ajuda a disfarçar os cânticos; os vizinhos não reconhecem como músicas cristãs”.

“Como igreja, queremos ver crescimento. Explicamos para nosso grupo como falar da nossa fé de modo sábio.”

Mohammad, cristão ex-mulçumano no Iêmen

Eles também esclarecem que as igrejas domésticas não têm contato uma com a outra: “Nós ficamos separados e um não sabe das atividades do outro. Isso é necessário para que não haja traição caso um grupo seja descoberto. Segurança é sempre uma das maiores preocupações para todos”.

Ore

Para que as igrejas domésticas sejam oásis para os cristãos ex-muçulmanos no Iêmen. Peça a Deus que esses grupos sejam um lugar de crescimento e de comunhão onde Jesus é adorado e sua presença manifesta.

Dia 4 – Arábia Saudita

Em 2011, Muminah* e o marido Adil* viajaram a Meca para realizar a hajj, a peregrinação que todo muçulmano deve fazer como um dos cinco pilares do islamismo. Muminah tinha grandes expectativas de uma experiência espiritual durante a tão sonhada viagem. E assim aconteceu.

Em Meca, Jesus apareceu para ela em sonho e a chamou para segui-lo. Ela sentiu o amor de Deus pela primeira vez. Ao mesmo tempo, ficou confusa, pois não conhecia nenhum seguidor de Cristo. Temendo a reação do marido, decidiu não contar para ele sobre o sonho.

Quando voltou da viagem, Muminah trancava a porta do quarto e pesquisava sobre Jesus na internet. Através das redes sociais, entrou em contato com árabes no exterior que lhe ensinaram mais sobre Jesus.
Ela descobriu que a Bíblia não era corrompida, como tinha aprendido a
vida toda. Muminah então entregou a vida a Cristo.

A cristã secreta lê a Bíblia on-line e depois apaga o histórico dos sites visitados para que o marido não descubra. Se isso acontecer, ele pode tratá-la como louca e teria o direito de matá-la ou denunciá-la à polícia para ser executada.

Ore

Para que a comunhão de Muminah com o Senhor seja fortalecida através da palavra e do Espírito Santo. Que mesmo vivendo a fé em sigilo, ela tenha convicção da nova identidade em Cristo e cresça espiritualmente.

“Porque ele me ama, eu o resgatarei; eu o protegerei, pois conhece o meu
nome.”

Salmos 91.14

Dia 5 – Península Arábica

Lela* é divorciada, tem 33 anos e uma filha adolescente, Nadine*. Ela conta que nunca foi muito à mesquita, mas como todos de sua cultura, se considerava uma muçulmana. Até que um dia, viu na TV o relato de um ataque a um grupo cristão egípcio. Conversando com amigos sobre a reportagem, ela demonstrou pensar diferente da maioria, ao dizer: “Nós não temos que odiar os cristãos e nem devemos usar de violência contra eles”. Foi quando ouviu a amiga dizer que o Alcorão realmente tem versos que inspiram a matar os não muçulmanos.

A observação a fez pensar se realmente era uma muçulmana. Levando o tema para alguns amigos cristãos que já oravam por ela e esperavam a oportunidade certa de lhe falar de Jesus, ela percebeu que estava do “lado errado”. Após se juntar a um grupo secreto de estudo bíblico, decidiu seguir a Cristo.

“Se eles me matarem, eu morrerei por Cristo. Eu ficarei bem porque estou em suas mãos.”

Lela, cristã da Península Arábica

Lela não conseguiu esconder a salvação, amor e paz encontrados em Jesus da filha Nadine, que seguiu o exemplo da mãe e também abraçou a nova fé. Mas Nadine acabou revelando o segredo aos familiares. Por isso, Lela foi ameaçada de morte. “Se eles me matarem, eu morrerei por Cristo. Eu ficarei bem porque estou em suas mãos”, declara. A família, no entanto, ganhou a guarda de Nadine e, por segurança, a cristã teve que deixar o país.

*NOMES ALTERADOS POR SEGURANÇA

Ore

Para que Lela tenha convicção do cuidado do Senhor sobre a vida dela e de Nadine. Que o coração dela fique em paz, esperando e confiando no agir de Deus. Interceda para que os parentes encontrem salvação em Cristo.

Dia 6 – Síria

Rasha* tem 15 anos e é filha de pais muçulmanos nominais. Após a morte do pai, ficou sozinha com a mãe e a irmã mais nova na província de Raca, na Síria. Com a invasão do Estado Islâmico, Raca se tornou a capital do grupo extremista islâmico e elas precisaram fugir. Finalmente, encontraram refúgio em uma cidade onde funciona um Centro de Esperança aberto em parceria com a Portas Abertas.

Rasha diz: “Aqui eu aprendi o que é me sentir segura e começamos a frequentar a igreja. Sentimos que Deus nos protegia e supria nossas necessidades a cada momento. Há uma grande diferença entre viver como
muçulmana e como cristã. Como muçulmano, você vive de acordo com algumas regras. Como cristão, vive o amor. Cristianismo é mais que
uma crença, é amor, paz, é sempre ter alguém comigo. Passamos por
circunstâncias muito difíceis, tivemos momentos de medo, nos sentimos
sozinhas, mas tínhamos a certeza de que Jesus sempre estava conosco”.

É dessa segurança que Rasha tira a paz, mesmo sabendo que é “considerada
uma muçulmana apóstata, vista como alguém que deveria ser morta”, em suas próprias palavras.

*NOMES ALTERADOS POR SEGURANÇA

Ore

Agradecendo a Deus pela salvação e livramento na vida de Rasha, sua mãe e irmã, e por terem encontrado o Centro de Esperança. Peça que elas cresçam
na fé e sejam um testemunho para muitos muçulmanos.

“O meu povo viverá em locais pacíficos, em casas seguras, em tranquilos lugares
de descanso.”

Isaías 32.18

Dia 7 – Norte da África

Quase todos os cristãos no Norte da África são convertidos do islamismo e enfrentam severa perseguição, começando pela família. Eles podem ser expulsos de casa e ter seus direitos negados, como a guarda dos filhos, por exemplo. Em alguns países, eles podem até mesmo ser mortos por causa da nova fé em Cristo.

Nos últimos anos, a igreja de cristãos ex-muçulmanos tem crescido e se tornado mais bem estruturada em alguns países da região. Um cristão local diz: “Desde 1998, a igreja, principalmente na Argélia e Tunísia, tem crescido. Em poucos anos, a igreja na Tunísia foi de 80 para 600 membros. Até 2015, o número subiu para 1.500 e, nos últimos anos, acredito que cerca de 800 novos convertidos foram acrescentados. Em contrapartida, o crescimento da igreja pode ser visto como uma ameaça para alguns governos. Nos últimos dois anos, mais de uma dúzia de igrejas foram fechadas pelo governo na Argélia”.

Uma grande necessidade na região é de liderança capacitada nas igrejas. Há muitos líderes jovens que não têm capacitação suficiente. A Portas Abertas tem se esforçado para suprir essa necessidade com treinamentos de discipulado e liderança.

Ore

Para que os programas de discipulado alcancem cada vez mais cristãos ex-muçulmanos no Norte da África e a igreja seja constituída de cristãos maduros e prontos a servir nas diversas áreas de ministério.

Dia 8 – Norte da África

Há dez anos, Nadhir*, 29, ainda frequentava a mesquita no Norte da África. Como cantor de rap, levava uma vida de drogas, bebidas e festas. Um amigo compartilhou sobre Jesus e ele quis ouvir mais. “É como se isso fosse o que eu estivesse procurando por toda a minha vida. Era isso que precisava. Eu
precisava de Jesus.”

A nova fé de Nadhir o mudou, ele parou de beber e ir a bares, e a família percebeu. Nadhir disse à mãe que agora era cristão e ela não quis mais falar com ele. O pai disse: “Pegue todas as suas roupas e saia de casa. Não quero ver você de novo”. Os imãs locais (pregadores islâmicos) aconselharam o pai a matar o filho.

Nadhir viveu na rua por um tempo, mas às vezes era abrigado por cristãos. Pouco tempo depois, começou a procurar outros cristãos na internet. Ele os reuniu por meio de grupos em redes sociais, onde podiam encorajar uns aos outros. Passado um tempo, Nadhir começou a fazer transmissões em uma estação de rádio on-line que permitiram o desenvolvimento de norte-africanos famintos pela palavra de Deus.

Ore

Para que as transmissões de Nadhir sejam um canal de salvação. Agradeça a Deus pela transformação na vida de Nadhir e peça para que muitos outros jovens no Norte da África encontrem esperança e propósito em Jesus.

“Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu as
conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor.”

João 10.16

Dia 9 – Egito

O egípcio Mostafa recebeu uma tarefa honrosa da família: fazer uma longa viagem do vilarejo até a capital do país, Cairo, para investigar o boato de que um primo, Mohammed, havia sido visto em uma igreja e possivelmente se tornado cristão. Se constatasse a veracidade do fato, ele deveria matar Mohammed.

Ele seguiu o primo até a igreja e ficou esperando o culto terminar. Enquanto esperava, a mensagem que foi pregada e as letras das músicas o tocaram profundamente que não conseguiu conter as lágrimas. Ele foi falar com Mohammed: “Eu vim espiar se você tinha se tornado cristão e deveria informar nossa família, mas não posso, pois parece que você fez a escolha certa. Conte-me mais”.

Eu planejava matar meu primo, teu seguidor, mas agora estou disposto a dar minha vida a ti.

Oração de Mostafa, cristão egípcio

Em casa, Mohammed passou a noite explicando o evangelho para Mostafa. Ele sonhou com Jesus na cruz, olhando para ele e dizendo: “Eu fiz tudo isso porque te amo e quero que seja liberto dos seus pecados”. No dia seguinte, Mostafa pediu a Mohammed que orasse com ele; ele chorava e exclamava: “Eu planejava matar meu primo, teu seguidor, mas agora estou disposto a dar minha vida a ti”.

Mostafa foi batizado e nunca contou para a família sobre a conversão de Mohammed nem sobre a dele. Ambos vivem, agora, como cristãos secretos no Egito.

Ore

Pelos cristãos ex-muçulmanos no Egito, que muitas vezes precisam viver a fé cristã em segredo. Que sejam guardados pelo Senhor e tenham sabedoria e amor para lidar com o ambiente de opressão islâmica em que vivem.

Dia 10 – Tunísia

Aizah* é uma jovem cristã ex-muçulmana na Tunísia e explica sobre a realidade: “Se você é uma mulher nascida em uma família muçulmana e se torna seguidora de Jesus, você envergonha toda a família. Eles vão lhe dizer que você é uma infiel”. Na adolescência, Aizah conheceu uma cristã e tentou transformá-la em muçulmana, mas acabou se apaixonando pela Bíblia.

Quando contou ao pai sobre a conversão a Cristo, ele disse: “Você vai perder tudo e ninguém falará com você”. No dia seguinte, o pai de Aizah confiscou o carro dela. Aos olhos dele, Aizah havia sofrido uma lavagem cerebral. “Ele ordenou que eu ficasse em casa por dez dias e não tivesse contato com os cristãos. Esperava também que eu voltasse ao islã. Eu fui à igreja e, quando voltei para casa, minha mãe disse que meu pai poderia me matar. Então, saí apenas com as coisas que eu poderia colocar em minha mochila”, relembra.

Aizah encontrou proteção em outra família cristã e, agora, oferece apoio a outras mulheres que enfrentam perseguição por causa da fé e gênero.

Ore

Pelas moças no Norte da África que têm os laços cortados com a família ao se converterem, pois ficam em uma situação muito vulnerável. Clame para que encontrem proteção e refúgio e sejam amparadas no amor do pai.

“Ainda que me abandonem pai e mãe, o Senhor me acolherá.”

Salmos 27. 10

Dia 11 – Norte da África

Abdallah* tem quase 60 anos e se converteu em 2006 assistindo a um programa de TV cristão. Ele relembra como a vida era sem sentido: “Não havia alegria nas mesquitas onde fazíamos nossas orações. Estudei o Alcorão muitas vezes, mas não encontrei coisas realistas, só coisas que não entendia. Eu não entendia como o profeta pôde se casar com uma criança”.

Nos primeiros meses após a conversão, ele só acompanhava os ensinamentos do pastor no programa de TV. Depois, conseguiu o contato de um pastor que vivia a 30 quilômetros de seu vilarejo e ele lhe deu uma Bíblia. Ele lia o Alcorão e a Bíblia para compará-los. Começou a frequentar a igreja semanalmente com a esposa e, além das mensagens na igreja, também estudavam a Bíblia em casa.

“Se o discipulado parar, tudo para.”

ABDALLAH, CRISTÃO NO NORTE DA ÁFRICA

Ele enfrentou perseguição por parte da família e da comunidade. Na escola dos filhos, os alunos eram alertados de que havia cristãos entre eles. Mesmo em meio à pressão, após 14 anos de conversão, ele expressa profunda alegria em se reunir com outros cristãos e valoriza o discipulado como uma oportunidade de entenderem melhor a Bíblia e a vida cristã. Abdallah tem sido fortalecido na fé e afirma: “Se o discipulado parar, tudo para. O diabo usaria essa oportunidade e nos encontraríamos nas trevas de novo”.

Ore

Para que muitos muçulmanos no Norte da África conheçam a Jesus através de programas de TV e da internet. Que eles sejam conectados com outros cristãos e cresçam juntos por meio da comunhão e do discipulado.

Dia 12 – Marrocos

Halima, 36, era uma muçulmana praticante, como quase todos os jovens no Norte da África. Foi Aziz, na época um amigo, quem primeiro “sacudiu” a fé islâmica. “Um dia ele me disse: ‘O Alcorão não é o livro de Deus’. Fiquei chocada. Mas por outro lado, tive problemas com minha fé islâmica nos dias seguintes, pois não entendia o islã. Eu acredito que a maioria dos
muçulmanos não conhece verdadeiramente o islã”, destaca.

Halima queria descobrir mais sobre a religião em que nasceu, mas os líderes islâmicos não conseguiam responder às perguntas dela. “Eles não me deram explicações para as coisas ruins que eu tinha visto. No islã você não pode fazer perguntas, nem criticar a religião.” Tudo isso, além das
palavras de Aziz, fizeram com que Halima deixasse o islã e começasse
a seguir Jesus.

Um dia, a família da Halima descobriu a nova fé e a vida ficou muito
difícil para ela. Foi então que ela e Aziz decidiram se casar. Até hoje a família de ambos não aceita a fé deles. Mesmo assim, eles lideram uma igreja em casa no Marrocos.

Ore

Para que casais cristãos no Marrocos cresçam na fé juntos e se
disponham a servir e a ser um modelo de vida e família cristã. Clame para que tenham sabedoria para testemunhar de Jesus aos familiares muçulmanos.

“De fato, vocês se tornaram nossos imitadores e do Senhor; apesar de muito sofrimento, receberam a palavra com alegria que vem do Espírito Santo.”

I Tessalonicenses 1. 6

Dia 13 – Sul e sudeste asiático

O Estado Islâmico (EI) pode estar sendo derrotado no Oriente Médio, mas o movimento está apenas mudando de endereço: indo do Oriente Médio para o Extremo Oriente, onde está construindo novas fortalezas. Paquistão, Malásia, Filipinas e até mesmo o Noroeste da China são ameaçados pela ideologia extremista islâmica e têm os próprios afiliados do EI. Um dos exemplos mais chocantes foi a ocupação da cidade filipina de Marawi em 2017, quando muitos cristãos foram executados.

Existe um movimento muçulmano fundamentalista que quer implementar a sharia (conjunto de leis islâmicas) e varrer os cristãos do continente asiático. De certa forma, a igreja foi condenada à morte, mas não com uma bala, uma cadeira elétrica ou uma forca. O método deles é bem mais cruel, pois é uma morte lenta – um ataque a uma igreja aqui, uma mulher sequestrada ali, uma criança abusada de cada vez, um mártir morto de cada vez.

Em meio a tudo isso, há uma igreja de cristãos ex-muçulmanos; uma igreja apaixonada, mas secreta e silenciada. Há também as “igrejas abertas” – abertas, mas em muitos casos fechadas para aqueles que nasceram em uma família muçulmana e passaram a crer em Cristo em algum ponto da vida.

Ore

Para que o reino de Deus se estabeleça nessa região, que muitos muçulmanos vejam a glória de Jesus e se rendam a ele. Clame para que o Senhor fortaleça os cristãos e os livre de todo mal, fazendo-os crescer em graça.

Dia 14 – Índia

Areefa* é uma indiana de quase 40 anos e conta o que aconteceu quando ela e o marido, cristãos ex-muçulmanos, começaram a crescer na fé: “Deus abençoou nossos ganhos, meu marido parou de beber e obtivemos uma condição de vida melhor que nossos parentes. Então, eles ficaram com inveja e pediram que deixássemos a igreja”.

Na época, o cunhado de Areefa estava desempregado e morando com eles. “Uma noite ele começou a me xingar sem razão. Quando meu marido me defendeu, meu cunhado o esfaqueou no peito. Pensávamos que fosse um corte pequeno, mas em pouco tempo, ele deu o último suspiro”, relembra. Depois da morte do marido, a família de Areefa continuou com a pressão. “Eles disseram que não me ajudariam se eu não deixasse o cristianismo. Eu recusei tudo, porque queria me apegar ainda mais a Jesus. Outros membros e líderes da igreja me ajudaram e oraram comigo todo esse tempo.” O incidente aconteceu há dez anos, mas os parentes ainda a odeiam por escolher manter a fé. A Portas Abertas forneceu à Areefa uma máquina elétrica de costura para sustentar a família.

Ore

Para que Deus continue sustentando Areefa, tanto material como espiritualmente. Que a fidelidade dela ao Senhor seja um testemunho para a família e para a comunidade local. Interceda por todas as viúvas na Índia.

“Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas
necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que
sou forte.”

II Coríntios 12. 10

Dia 15 – China

Makin e a mãe estavam entre os cerca de 30 milhões de muçulmanos na China. Eles vivem em uma região remota no extremo oeste do país. O irmão dele é líder na mesquita local. Quando Makin tentou compartilhar o evangelho com o irmão, ele contou para todos na mesquita que Makin havia traído o próprio povo. O resultado: “As pessoas passaram a ser cruéis conosco, jogando pedras em nossa janela”, relembra o cristão.

Na cultura de laços familiares fortes, em que as famílias vivem em comunidade, a família de Makin perdeu todos os laços com os parentes quando se converteu. Agora eles não recebem nenhuma visita, nem mesmo nas ocasiões especiais. Makin compartilha: “Nos acostumamos a olhar para a casa vazia durante o festival, enquanto as casas dos vizinhos estão lotadas de visitas. Foi muito difícil no começo e não tínhamos ninguém além de Jesus. Aprendemos a lição de depender dele somente, mas às vezes nos sentimos sozinhos”.

“Sinto saudades dos meus parentes e queria que eles nos visitassem, mas se o custo é negar a Jesus, estou disposto a viver sem isso.”

Makin, cristão chinês ex-muçulmano

Makin mora com a esposa, filhos e a mãe. A mãe dele, por ser mulher e idosa, acaba ficando ainda mais isolada e Makin diz que há muito não a vê dar risada. Com lágrimas nos olhos, ele continua: “Sinto saudades dos meus parentes e queria que eles nos visitassem, mas se o custo é negar a Jesus, estou disposto a viver sem isso”.

Ore

Pelos cristãos isolados na China, como a família de Makin, para que sempre lembrem que nunca estão sozinhos, pois o Deus Emanuel está com eles. Que o coração deles seja confortado pela presença do Espírito Santo.

Dia 16 – Bangladesh

Em Bangladesh, alcançar os muçulmanos pode acabar em debates teológicos, o que só aumenta a hostilidade e faz o evangelho menos atrativo para eles. Mas quando os cristãos se aproximam como servos, suprindo as necessidades imediatas, Deus se torna real para os muçulmanos.

Sahinujamman Saju é um cristão ex-muçulmano de um distrito pobre no norte do país. Ele compartilha: “Quando me converti, as pessoas ficaram ressentidas comigo. Mas depois que me tornei médico rural, os moradores começaram a me respeitar – não porque sou cristão, mas porque sou o único médico nesta pequena vila. Quando visito meus pacientes, dou-lhes
remédios e compartilho as Escrituras. É uma grande bênção, pois posso proclamar as boas-novas por meio da profissão. Desejo servir os aldeões pelo resto da minha vida e proclamar as Escrituras a todos”.

Bangladesh tem um dos menores índices mundiais de médicos por população. Além de levar tratamento médico, o trabalho dos médicos cristãos tem servido para abrandar o coração dos muçulmanos em relação aos cristãos.

Ore

Para que mais cristãos sejam treinados como médicos rurais e, assim, levem atendimento médico e palavra de salvação para os vilarejos remotos e precários de Bangladesh. Peça a Deus que toque corações de muçulmanos com essa expressão de amor prático.

“Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.”

I João 3. 18

Dia 17 – Malásia

De acordo com a Constituição da Malásia, ser malaio significa ser muçulmano. Assim, quando um malaio abandona o islã, não é mais considerado malaio. Daniel*, um cristão ex-muçulmano, compartilha sobre a situação da minoria cristã e da perseguição escondida no país.

“Malaios que se convertem a Cristo perdem tudo, se tornam refugiados no próprio país, são colocados à margem da sociedade e excluídos do convívio social. Se um pai descobre que o filho aceitou Jesus ou um cônjuge descobre sobre a conversão do outro, tem a responsabilidade de denunciar à liderança islâmica. A conversão é vista como um dos maiores pecados que um muçulmano malaio pode cometer. Você pode ser um assassino ou drogado e ser aceito pela sociedade; a única coisa inaceitável na sociedade malaia é você decidir se tornar cristão”, afirma.

A única coisa inaceitável na sociedade malaia é você decidir se tornar cristão.

Daniel, cristão ex-muçulmano na Malásia

Quando um cristão ex-muçulmano é capturado pelo governo é colocado em um centro islâmico de reeducação. Existem vários desses centros em todo o país; a maioria deles está na selva e tem arames farpados. Daniel acrescenta: “A maioria dos cristãos malaios vive com medo. Eles têm que dizer para os filhos mentirem para os professores, dizendo que são muçulmanos. Quando cristãos malaios se reúnem, a polícia religiosa pode vir e detê-los”.

Ore

Para que os cristãos ex-muçulmanos na Malásia encontrem força e sabedoria para resistirem diante de tanta pressão. Que fiquem firmes na fé e sejam ousados e cheios de amor para lidar com o ambiente de opressão islâmica.

Dia 18 – Filipinas

Deborah*, 58, cristã ex-muçulmana que vive no Sudeste das Filipinas, testemunha: “Eu causava problemas, mas agora falo de amor, paz e da mudança que só Jesus Cristo traz. Recebi Jesus como meu Senhor e Salvador pessoal em 2013. Mas apenas o conheci bem em 2014, quando me batizei”.

Seguir a Cristo nem sempre foi fácil para Deborah, especialmente vivendo entre seu povo, tausug, uma das mais orgulhosas tribos muçulmanas nas Filipinas. “Pessoas que me chamavam de valente, agora me chamam de louca”, conta. Ela não apenas enfrentou insultos e zombaria, mas também
a pobreza – algo que nunca tinha experimentado enquanto muçulmana. Mas a fé e devoção ao Senhor vão além de uma mesa sem alimento.

Deborah está sendo continuamente transformada pelo Senhor, e
ele usa o treinamento de educação bíblica, apoiado pela Portas Abertas,
para ajudá-la a continuar crescendo. De uma mulher que gostava de brigar com as pessoas e não ser controlada por ninguém, Deborah agora é uma mulher de valor em Deus.

Ore

Para que Deborah siga firme na fé em Jesus e que a transformação na vida dela leve outros a verem o poder de Deus, inclusive o marido dela. Interceda para que ela testemunhe com fé e ousadia entre os tausug.

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Romanos 12. 2

Dia 19 – Ásia central

A Ásia Central passou por um impressionante avivamento nos anos 90, com muitos muçulmanos indo a Cristo. Isso foi na época de abertura, quando os países se tornaram independentes da ex-União Soviética. Mas as conversões massivas se encerraram depois de 1998, quando houve um significativo êxodo de missionários e ministérios estrangeiros devido a restrições governamentais.

Nesses países, estima-se que de uma população de 322.700 protestantes, o número de cristãos ex-muçulmanos seja em torno de 320 mil. Um dos aspectos mais positivos é que eles estão bem integrados às igrejas protestantes da região.

Para evitar confrontos com o governo, a Igreja Ortodoxa Russa mantém-se distante e há padres que frequentemente denunciam aqueles que se convertem do islã ao cristianismo. A tendência é que a perseguição piore na região, à medida que os governos se debatem em busca de uma nova legitimidade e procuram usar o islã para reforçar seu governo. Isso cria uma dupla perseguição para os cristãos ex-muçulmanos – por parte do Estado, uma vez que estão fora do controle do governo, e dos líderes muçulmanos, por terem abandonado o islã.

Ore

Pelos cristãos locais, para que cada vez mais se esforcem para anunciar o evangelho, levando as boas-novas a vilarejos remotos. Interceda para que Deus capacite a igreja local para ser sal da terra e luz do mundo.

Dia 20 – Quirguistão

Seguir a Cristo teve consequências graves para Eldos – custou a saúde física e emocional do ex-muçulmano no Quirguistão. Em outubro de 2018, a casa dele foi invadida e ele apanhou de três extremistas islâmicos para que voltasse à antiga fé. O resultado da violência levou o jovem a ficar entre a vida e a morte no hospital, e fez com que a irmã dele perdesse o bebê que gerava. No tribunal, Eldos tornou-se réu e seus agressores, juntamente com a comunidade, o acusaram de ouvir música religiosa alta, distribuir material cristão e fazer propaganda religiosa.

Além de orações e apoio, a Portas Abertas liderou uma campanha de cartões para encorajar Eldos e levou até ele mil mensagens. “Eu não sabia que eu tinha uma família tão grande. Eu estou muito tocado por tantas pessoas que enviaram cartões e estão orando por mim”, testemunhou na época.

Atualmente, o jovem e o tio Nubek estão em um lugar seguro aguardando
os vistos para mudar de país. Ambos participam de grupos domésticos e também servem on-line, aconselhando e orando por irmãos.

Ore

Por direção de Deus para os próximos passos na vida de Eldos e para que ele continue se apegando ao Senhor, esteja onde estiver. Agradeça por ele ter sobrevivido ao ataque e por ter chegado até aqui com o apoio da igreja livre.

O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra. Ele não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta.

Salmo 121. 2-3

Dia 21 – Ásia Central

Mubina* conheceu Jesus através de uma tia, a única cristã da família. Os demais familiares veem a igreja como uma seita estranha. “Eles dizem que ser aqui da região é ser muçulmano”, explica Mubina. Assim que se tornou cristã, o marido se divorciou dela; agora mora sozinha com os filhos e tem dificuldades para suprir todas as necessidades da casa. Os pais também se voltaram contra ela e a mãe até mesmo ameaçou atear fogo à primeira igreja que ela frequentava.

A mãe de Mubina não incendiou a igreja, mas a denunciou à polícia, então o governo a fechou. Depois de procurar muito, Mubina achou outra igreja com um foco forte no estudo bíblico, mas os pais continuam com as ameaças com o objetivo de levá-la de volta ao islã. Perguntamos: por que você ainda é cristã? A resposta foi: “Porque Jesus me salvou! Ele me ensinou que posso sempre confiar nele. Meu marido me deixou, meus pais não me aceitam, mas o Senhor é meu marido e meu pai. Ele cuida de mim”.

Meu marido me deixou, meus pais não me aceitam, mas o Senhor é meu marido e meu pai.

Mubina, perseguida pela família na Ásia Central

Mubina ama a palavra de Deus e, mesmo com toda a perseguição da família, afirma: “Eu simplesmente não podia deixar Jesus. Desde o começo, Deus me curou com sua palavra. Eu tinha muita dor e preocupação no coração, mas sua palavra me restaurou. Toda vez que leio a Bíblia, sinto que Deus está perto de mim”.

Ore

Para que o interesse de Mubina pela palavra cresça e que os pais dela vejam o amor de Deus na vida da filha. Clame para que o Senhor sustente e supra as necessidades de Mubina e dos filhos dela, e fortaleça cada cristão ex-muçulmano na Ásia Central.

Dia 22 – Ásia Central

Ilmur* era “um cara muito mau”, em suas próprias palavras. Ele bebia e se tornava violento com a esposa. Mas um dia teve um encontro com Jesus, que mudou a vida dele radicalmente. Hoje ele é evangelista e lidera uma igreja de cristãos ex-muçulmanos entre os uigures, um povo da Ásia Central. Ele afirma: “Eu tenho um grande desejo de levar o evangelho ao
meu povo”.

Além de evangelista e pastor de igreja doméstica, ele é um empreendedor
que trabalha em várias frentes. Uma das ocupações é ser entregador de pão. A dona da padaria para quem trabalha aceitou Jesus através dele. O marido dela, que é muçulmano, ainda não sabe da decisão e a filha tem se tornado
uma muçulmana conservadora.

Em uma cultura onde relacionamentos são o centro da vida, o modo de Ilmur compartilhar o evangelho parece perfeito. Várias vezes ao ano, ele e a esposa visitam vilarejos distantes e pobres. Ele leva ajuda prática, como alimentos, roupas, medicamentos e, depois de fazer amizade, compartilha o evangelho. No entanto, é um trabalho arriscado, que exige cuidados.

Ore

Por todos os evangelistas apoiados pela Portas Abertas na Ásia Central, para que tenham os meios materiais e espirituais necessários para desenvolverem o ministério e alcançarem muitos muçulmanos com o amor de Jesus.

Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação.

II Coríntios 5. 18

Dia 23 – Ásia Central

Anuar, 29, cresceu em uma família muçulmana e compartilha: “Desde pequeno aprendi que o cristianismo era o caminho dos perdidos”. Mas ele conheceu o pastor Zarif em um evento evangelístico de Natal. Zarif também é um cristão ex-muçulmano e sabe que “a maior necessidade das pessoas, inclusive dos muçulmanos, é amor”. Então, falou de Jesus para Anuar e ele decidiu ler a Bíblia e saber mais sobre Jesus.

Após começar a se encontrar semanalmente com o pastor, logo decidiu receber Jesus em seu coração. Ele sabia que no geral havia grande diferença entre as palavras e as ações das pessoas, mas notou que o pastor era genuíno e vivia de acordo com suas crenças.

Quando o pai de Anuar descobriu sobre a nova fé do filho, o expulsou de casa. Então, por dois meses, ele ficou em uma casa segura preparada pela Portas Abertas para cristãos perseguidos. Ali, a fé dele foi fortalecida. Agora ele é voluntário no ministério de jovens da igreja e está de volta à casa dos pais.

Desde pequeno aprendi que o cristianismo era o caminho dos perdidos.

Anuar, jovem cristão na Ásia Central

Apesar de não aceitar a fé do filho, os pais o receberam de volta. Recentemente, o pai dele comentou: “Discordamos do fato de Anuar ser cristão, mas vemos que ele é uma pessoa muito boa e talvez em algum lugar no fundo do meu coração eu esteja feliz que ele tenha começado a ler a Bíblia e ir à igreja”.

Ore

Para que os pais de Anuar entendam que Jesus é quem faz a diferença na vida do filho e sejam atraídos a ele. Interceda para que os cristãos ex-muçulmanos na Ásia Central sejam aceitos pelos pais e familiares.

Dia 24 – Uzbequistão

Mais de 95% da população uzbeque é muçulmana, os cristãos são vistos como seguidores de uma seita alienígena que tem como objetivo destruir o atual sistema político. Nenhuma atividade religiosa, além das instituições
estatais e controladas pelo Estado, é permitida no país e igrejas não registradas enfrentam incursões policiais, prisões e multas.

No Uzbequistão, os cristãos ex-muçulmanos são vistos como traidores. A maioria dos membros da igreja dirigida pelo pastor Oleg* são ex-muçulmanos. Ele compartilhou sobre os desafios que enfrenta, sobretudo a burocracia e empecilhos para registrar uma igreja.

“Às vezes, me sinto cansado de toda essa pressão. Como pastor cristão em um país muçulmano, sinto ainda mais pressão do que os outros. Isso por causa de minha responsabilidade, por minha família (esposa e três filhos) e também pelos membros da minha igreja. Muitas vezes esse fardo parece
pesado demais. Nesses momentos, sinto que preciso de mais oxigênio”, contou o pastor, abrindo o coração.

Ore

Para que os líderes cristãos do Uzbequistão tenham fé, sabedoria e visão para saber lidar com as restrições do governo. Clame para que a igreja possa cultuar em liberdade e que mais muçulmanos venham a Jesus.

Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas.

Mateus 11. 29

Dia 25 – África subsaariana

Desde o século 7, exércitos muçulmanos cruzaram o Mar Vermelho e se espalharam pela África através do comércio e pregação. Mas somente no século 20 é que houve uma grande mudança. Até 1900, a maioria dos africanos praticava religiões tradicionais, mas em pouco mais de um século, o cenário religioso mudou drasticamente. Em cem anos de história, o número de muçulmanos na África Subsaariana passou de 11 para 234 milhões em 2010. A boa notícia é que o número de cristãos cresceu ainda mais rápido, indo de 7 para 470 milhões.

De modo especial, na região do Chifre da África, a perseguição contra comunidades de cristãos ex-muçulmanos é muito alta. Muitas vezes, nessa região, ser cristão é sinônimo de martírio. Na Eritreia, cristãos pegos adorando a Cristo fora de uma das três igrejas reconhecidas (ortodoxa, católica e luterana) definham por anos na prisão sob terríveis circunstâncias. Na Somália, cristãos são martirizados com frequência.

Mesmo assim, Deus está edificando a igreja no Chifre da África, inclusive em áreas dominadas pelo islã. No entanto, os cristãos têm que se encontrar secretamente. Isso quando fazem parte de uma igreja subterrânea, pois muitos deles vivem a fé sozinhos.

Ore

Por paz, provisão e proteção para a igreja africana. Além dos desafios de ter as necessidades básicas supridas, como alimentação, moradia e educação, é uma região onde a violência de grupos extremistas tem se alastrado.

Dia 26 – Chifre da África

Awel* era imã (pregador islâmico) em um vilarejo no Chifre da África e tinha uma doença incurável, até que foi apresentado a Jesus. “Cristãos
oraram por minha salvação e cura, e senti a dor ir embora”, conta. Naquela
mesma noite, teve uma visão em que um homem veio do céu e disse “eu sou Jesus, eu sou paz”.

Quando contou para a esposa sobre o ocorrido, ela também aceitou Jesus e, com os seis filhos, viajaram sete horas a pé para ir à igreja. Lá ficaram por um mês, onde tiveram um discipulado intensivo. Mas a família sentiu falta deles na aldeia e chamou a polícia.

Quando os irmãos o encontraram, bateram nele, colocaram 20 kg de milho em suas costas e o fizeram caminhar de volta para a aldeia. Awel relembra: “Minhas mãos estavam amarradas nas costas e eles me batiam no caminho a ponto de quebrar meu pulso”.

Apesar de hesitar por um momento, ele permaneceu firme em Cristo. Já a esposa voltou ao islã e para a casa dos pais, levando os filhos. Awel perdeu tudo, mas continuou se alegrando no Senhor. Ele foi ajudado pela Portas Abertas e, depois de algum tempo, a esposa voltou para ele.

Ore

Para que a alegria do Senhor seja sempre a força de Awel. Agradeça pela salvação, reconciliação com a esposa e ajuda que recebeu, tendo agora como sustentar a família. Agradeça a Deus também pelo discipulado.

Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor.

Jó 1. 21

Dia 27 – África Oriental

Amina*, 49, é de uma família muçulmana em uma ilha na África Oriental. Certa vez, em uma viagem, ela entrou em uma igreja e orou: “Deus, se estás aqui, revela-te a mim”. Naquela noite, ouviu uma voz: “Não fique triste, você não está no caminho errado”.

Em outra oportunidade, conversando com uma cristã estrangeira, ela disse: “Eu amo Jesus embora não o conheça”. Amina começou a ler a Bíblia sem parar e, no final de 2014, entregou a vida a Cristo. Quando a comunidade descobriu sobre a conversão dela, fez uma reunião para discutir a questão.

“Meu pai me renegou publicamente e disse que não era mais filha dele. Ele jogou pedra em mim e disse outras coisas duras. Isso aconteceu na frente dos meus filhos e marido. Depois disso não vi mais meu pai e a ausência dele me traumatiza”, recorda.

Tenho a responsabilidade de apresentar Jesus à minha família e mostrar que não fui tola ao segui-lo.

Amina, cristã ex-mulçimana na África oriental

Mas Amina acredita que suas dores a estão fortalecendo: “Eu não desisti da fé. Pelo contrário, isso me levou a ir além, pois tenho a responsabilidade de apresentar Jesus à minha família e mostrar que não fui tola ao segui-lo. Isso me encorajou a continuar”, explica a cristã. O que a ajudou na decisão de perseverar foi o apoio que recebeu da família da fé através da Portas Abertas. “Eles me mostraram que o próprio Jesus enfrentou perseguição.”

Ore

Por abertura para os planos de compartilhar o evangelho com outras mulheres na ilha, para que muitos se unam ao projeto de evangelismo. Interceda também pela salvação do marido, pai e irmãs de Amina.

Dia 28 – Mali

Naomi* tinha 8 anos de idade quando o pai morreu e ela foi adotada por um tio, que a matriculou em uma escola cristã internacional. “Eu odiava tudo o que era cristão, então ninguém ficou preocupado com o fato de eu poder ser influenciada”, relembra Naomi, hoje com 53 anos.

No entanto, quanto mais ela interagia com cristãos, mais era atraída a Cristo. Aos 12 anos, professou Jesus como Senhor e a família dela ficou furiosa, deixando claro que ela não era mais aceita em casa.

Aos 16, Naomi conheceu um cristão da Bélgica, com quem se casou. Mesmo casada, ela continuou sendo hostilizada pela família, que a chamava de kafir (infiel, em árabe) e toda vez que a via cuspia na direção dela, mostrando nojo. “A coisa mais difícil de lidar era a rejeição da minha família”, recorda.

O marido dela foi baleado durante uma viagem de negócios. Ele foi morto por causa da fé e por ter se casado com uma ex-muçulmana. Naomi conseguiu cuidar dos dois filhos e foi ajudada pela Portas Abertas, mas ainda enfrenta pressão dos vizinhos.

Ore

Para que o Senhor fortaleça Naomi com o Espírito Santo e por meio da palavra a cada dia e para que guarde os filhos dela firmes na fé. Interceda por sabedoria e graça no relacionamento com as irmãs muçulmanas que moram com ela.

“Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia.”

II Coríntios 4. 16

Dia 29 – Sudão

Desde agosto de 2019, o Sudão tem um novo primeiro-ministro, Abdallah Hamdok. Ele está fazendo o possível para estabelecer um governo democrático integrado à comunidade internacional.

Aman* é um sudanês que conheceu Jesus aos 23 anos. A vida dele estava em perigo à medida em que a família tentava fazê-lo voltar ao islã, por isso, Aman teve que fugir. Ele foi abrigado por cristãos que eram apoiados pela Portas Abertas.Assim, com o apoio recebido em seu novo lar, o cristão pôde estudar a Bíblia, passar tempo em oração, ter comunhão com outros irmãos e ser encorajado. A Portas Abertas também ajudou o cristão ex-muçulmano a abrir um pequeno negócio.

Mas a polícia descobriu sobre o ministério que a igreja local desenvolvia, invadiu a casa e prendeu Aman e outros cristãos ex-muçulmanos. Ele diz: “Fiquei na prisão por 17 dias por ter me tornado cristão. Foi difícil, mas quando estava lá aprendi a ser paciente”, relembra.

Fiquei na prisão por 17 dias por ter me tornado cristão. Foi difícil, mas aprendi a ser paciente.

Aman, cristão ex-muçulmano do Sudão

Quando foi libertado, Aman ficou sabendo que tinha perdido tudo novamente. Mas a Portas Abertas continua o apoiando com um teto para morar e discipulado. Graças ao apoio da família da fé, Aman permanece inabalável na caminhada cristã e continua a compartilhar a esperança que encontrou em Cristo com outros.

Ore

Pelo Sudão, que recentemente passou por uma mudança no governo, o novo primeiro-ministro está tentando implementar a democracia. Clame para que Deus abençoe Aman e os cristãos sudaneses para serem luz nas trevas.

Dia 30 – Chifre da África

Ayaan* é uma somali que ouviu a voz de Deus em sonho. “Eu nunca
ouvi nada igual, nem antes nem depois. Eu sabia que Jesus era a
verdade e entreguei minha vida a ele”, conta. Mas ao mesmo tempo
em que Jesus entrou na vida dela, também veio a perseguição. “Minha
família me expulsou. Eles me procuraram muitas vezes para me matar”, relembra.

Hoje, Ayaan participa de um estudo bíblico e discipulado para cristãos somalis facilitado pela Portas Abertas. Com alegria, ela testemunha: “Nós nos reunimos duas vezes por semana para estudar a Bíblia em somali. É muito animador aprender na minha própria língua e conhecer outros
cristãos somalis”.

Passados onze anos, a fé de Ayaan não apenas sobreviveu, mas cresceu
diante da perseguição que enfrentou. Ela mesma diz: “O sofrimento
passa. Apenas precisamos buscar Jesus, somente buscar sua graça. Obrigada por me dar um lugar onde posso sentir o amor e o calor de uma
família”, agradece. Ela ainda vive afastada do convívio familiar, mas hoje tem contato com eles via telefone e já falou de Jesus para eles.

Ore

Para que Ayaan seja sempre ousada no ministério com jovens e mulheres e, assim, mais pessoas sejam alcançadas com as boas-novas. Interceda para que ela produza muitos frutos através das canções em somali que compõe.

Tu és o meu abrigo; tu me preservarás das angústias e me cercarás de canções de livramento.

Salmo 32. 7

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