30 dias de oração pelo mundo muçulmano 2021

Este ano durante os 30 Dias de Oração Pelo Mundo Muçulmano focaremos nas cidades. Muitas organizações missionárias com foco nos muçulmanos têm direcionado seus esforços de discipulado e evangelismo para as populações nas cidades. Em nações com maioria muçulmana, as estratégias para alcançar pessoas nas cidades
podem ser muito diferentes das usadas em áreas rurais. Em nações com populações mais diversificadas, as cidades
oferecem oportunidades novas para alcançar os muçulmanos, tanto nativos como imigrantes com o Evangelho. Seja ela grande ou pequena, com uma população maioritariamente muçulmana ou não, é estratégico que a Igreja esteja ativa ali. As cidades são centros de influência cultural, artística e econômica. Os muçulmanos nas cidades geralmente têm amplas conexões sociais, que chegam a lugares de difícil acesso e onde o Evangelho ainda não chegou. Concentrar recursos ministeriais nos centros urbanos permite com que mais pessoas sejam alcançadas e, portanto, concentrar nossas orações nos muçulmanos dos centros urbanos durante o Ramadã também será um esforço valioso.

Texto do site https://www.30-dias.org/

Dia 1 – Meca, Arábia Saudita

Não podemos concentrar nossas orações em muçulmanos nas cidades, sem considerar a cidade muçulmana mais reverenciada, Meca.
O fundador do Islã, Maomé, nasceu ali e quando os muçulmanos oram, eles se curvam na direção de Meca. Apenas muçulmanos podem entrar na cidade, embora alguns não-muçulmanos já tenham conseguido.
A cidade de Meca tem uma população de pouco mais de 2 milhões de pessoas , e não há crentes conhecidos, como seria de se esperar. No entanto, sua população é muito diversificada, pois cidadãos de todo o mundo viajam para lá , particularmente do sul da Ásia, sudeste da Ásia, Europa e África, para ver locais importantes e sagrados e muitos se tornam residentes desta antiga cidade.
E claro, todos os anos, entre 2 a 4 milhões de peregrinos muçulmanos, chegam a Meca para participar de uma das maiores reuniões anuais do mundo – o ritual religioso conhecido como Hajj, que acontece este ano entre 17 e 21 de julho. O Hajj é primordial para a economia de Meca, onde a maioria dos empregos na cidade são direcionados a função de servir os peregrinos e facilitar a realização do evento do Hajj.
Em 2020, o coronavírus fez com que o Hajj fosse reduzido de forma considerável para ajudar a prevenir a propagação da doença. Isso teve um impacto significativo nas empresas e moradores locais, mas também alimentou ideias e conceitos mais sustentáveis no gerenciamento deste grande evento anual.

Como podemos orar?

• Os moradores de Meca não têm acesso local à mensagem de Cristo. Ore para que ouçam o evangelho através da mídia e de outras fontes. (2 Tessalonicenses 3:1);
  
• Espera-se que todos os muçulmanos que são fisicamente e financeiramente capazes façam a peregrinação uma vez na vida. Ore pela segurança daqueles que farão o Hajj este ano. (Salmo 121);
  
• Se realizada corretamente, acredita-se que a peregrinação perdoe todos os pecados anteriores. Ore para que os muçulmanos em Meca sigam aquele que remove nosso pecado, “como o oriente está longe do ocidente.” (Salmo 103).

Dia 2 – Cairo, Egito

Cairo é uma das cidades que mais cresce no mundo, com uma população de cerca de 20 milhões de pessoas. É a maior cidade da África e a 6a maior cidade do planeta. 90% da cidade é muçulmana, principalmente muçulmana sunita, e mais muçulmanos chegam regularmente como refugiados de lugares como por exemplo, o Iêmen, devastado pela guerra.
Há estimativas de que há até um milhão de iemenitas que vivem no Cairo. Eles fugiram de suas casas por causa da guerra e agora estão isolados na cidade. Muitos também foram para receber tratamento médico.
“Porque vocês cristãos nos ajudam?”. É a pergunta que muitos iemenitas fazem quando encontram cristãos no Cairo.
Aisha era uma menina de 10 anos que sofria de leucemia. Incapaz de obter tratamento no Iêmen, seus pais a trouxeram para o Cairo, onde viviam em condições incertas. Sabemos que muitos hospitais locais, não tratam os refugiados de forma justa e eles não poderiam arcar com o custo inflado de um transplante de medula óssea. Porém a família de Aisha, conheceu um grupo de egípcios e estrangeiros cristãos que criaram uma rede de médicos e clínicas que ofereciam tratamento a preços justos e também gerenciavam doações para ajudar aqueles que precisavam de cuidados. Através deste grupo, Aisha finalmente foi capaz de receber seu tratamento.
Através da ajuda prática e misericordiosa aos necessitados, alguns cristãos no Cairo fazem amizades com a comunidade iemenita e mostram-lhes o amor de Deus.

Como podemos orar?

• Ore para que as pessoas de todas as crenças no Cairo trabalhem juntas para resolver os problemas enfrentados pelo rápido crescimento – como o fornecimento de água, comida, educação e habitação – e ajudem sua cidade a prosperar em paz. (Provérbios 11:11);
• Ore pelos iemenitas isolados no Cairo, para que suas necessidades físicas, emocionais e espirituais sejam supridas. (Mateus 25:34-40);
• Ore pela Igreja no Cairo que, mesmo como minoria, eles sejam uma testemunha ousada e poderosa. (Atos 1:8).

Dia 3 – Birminghan, Inglaterra

Birmingham é o coração da manufatura da Inglaterra. Após a Segunda Guerra Mundial, uma grave escassez de mão de obra nas fábricas da cidade levou o governo a convidar trabalhadores não qualificados do sul da Ásia. Em 1966, cerca de 50.000 agricultores rurais deslocados migraram de Mirpur, Paquistão, desde então a comunidade muçulmana da cidade expandiu-se para compor cerca de 25% de sua população. Eles são uma mistura de sul-asiáticos de segunda e terceira geração, bem como muitos imigrantes e refugiados da África, Oriente Médio e Ásia.
Faisal é um jovem requerente de asilo do Afeganistão que viajou para Birmingham há dois anos. Ele comanda uma barbearia em uma das áreas mais concentradas de sul-asiáticos. Ele é um trabalhador, cuidadoso e atencioso – seus clientes gostam dele. Faisal não tem “licença para permanência” no Reino Unido, o que significa que ele não pode trabalhar legalmente. Apesar disso, ele abre sua loja por 10 horas todos os dias, esperando que as autoridades não o peguem.
Logo depois que ele chegou, Faisal soube sobre Jesus em uma igreja da cidade que acolhe os requerentes de asilo. Ele participa fielmente dos cultos dominicais e de um pequeno grupo no meio da semana. Seus colegas de casa muçulmanos não sabem sobre sua nova fé, então ele esconde sua Bíblia e não ora abertamente. Ele perdeu todo o contato com sua família no Afeganistão e anseia descobrir se eles estão bem. No entanto, seu status como ilegal o impede de viajar.

Como podemos orar?

• Ore para que, assim como a igreja que Faisal frequenta, outras igrejas em Birmingham recebam intencionalmente seus vizinhos muçulmanos. Abençoe aqueles que já estão se aproximando. (Salmo 119:132-133);
• Ore para que as barreiras sociais entre as comunidades em Birmingham caiam. Algumas áreas se tornaram enclaves étnicos e religiosos. (Mateus 5:14-15);
• Birmingham é uma cidade grande, com problemas comuns às grandes cidades. Ore para que o tráfico de drogas, o crime com armas brancas e a violência de gangues acabem. Algumas iniciativas estão dando frutos, mas ainda há um longo caminho a percorrer. (Tito 2:11-14).

Dia 4 – Cidade de Nova York, EUA

“Como você está? Como está sua família?” Abdul cumprimenta calorosamente um cliente comprando um sanduíche. Depois de trocar saudações, o cliente muçulmano afro-americano coloca o troco em dois baldes ao lado da caixa registradora que estão coletando fundos para novas mesquitas em Nova York e no Iêmen. “Para o umma!” (a comunidade muçulmana) diz o cliente.
A cidade de Nova York abriga uma das mais diversas comunidades muçulmanas do mundo. São americanos, árabes, sulasiáticos, africanos, europeus, centroasiáticos e até hispânicos. Os muçulmanos têm uma presença visível na cidade através de trabalhadores (taxistas, vendedores ambulantes, e muitos proprietários de pequenos negócios são muitas vezes muçulmanos), através de mesquitas (centenas), e em partes da cidade onde populações densas de imigrantes refletem sua cultura doméstica.
Há 20 anos, Nova York enfrentou o ataque terrorista de 11 de setembro que é amplamente lembrado nos EUA.
Desde esse evento, tem havido esforços para fortalecer as relações entre a cidade e sua população muçulmana. Várias
organizações cristãs na cidade ajudaram os cristãos de Nova York a formar amizades sinceras com os muçulmanos
em Nova York. Com os muçulmanos profundamente ligados aos seus países de origem e à diáspora , Deus abriu novas
portas para espalhar sua Palavra para os confins da terra.

Como podemos orar?

• Ore por organizações cristãs e igrejas em Nova York, para serem luz e sal para a comunidade muçulmana.
• (Mateus 5:13-16)
• Os muçulmanos na cidade são sobrecarregados pelas despesas da vida urbana e pela responsabilidade de enviar dinheiro para suas famílias no exterior. Ore a Deus que lhes dê paz, sabedoria e direção Espiritual e que Ele espalhe sua luz através de sua influência. (Lucas 12: 31-34)
• Muçulmanos em Nova York geralmente trabalham mais de 60 horas por semana. Ore para que os meios criativos de compartilhar o evangelho e discipular, como o esforços das mídias sociais, dêem frutos. (João 15:4-8)

Dia 5 – N’Djamena, República do Chade

N’Djaména é a capital do Chade, um dos países mais pobres do mundo, e é o único centro urbano do país. Metade da população, de 1,5 milhões de pessoas, são muçulmanos.
O povo do Chade vive entre o antigo e o moderno, por exemplo: cozinhar em uma placa aberta de três pedras, enquanto ao lado um smartphone toca. Se alguém recebe dinheiro suficiente, instala ar-condicionado em sua cabana de lama. Alguém que cuidava de cabras há 30 anos, poderia se tornar um ministro do governo hoje. É claro que uma mudança social tão rápida é reservada apenas para poucos, a maioria luta para manter um sustento simples para sua família.
A cidade grande oferece mais possibilidades e liberdades. São feitas perguntas que não aparecem na aldeia tradicional: “Por que meu vizinho cristão é uma pessoa tão boa?”. “Por que o Islã não pode mudar meu coração?”. Os indivíduos chegam à fé em Isa al-Masih (Jesus Cristo)e, pela primeira vez na história da cidade, não estão sozinhos: pequenos grupos são formados para lerem a Bíblia juntos. Muitos pais muçulmanos enviam seus filhos para escolas cristãs onde aprendem a conhecer e amar histórias bíblicas.
Recentemente, milhares de cartões de memória digitais com a mensagem do evangelho foram distribuídos. Um jovem carregou músicas e sobrepôs a mensagem em seu cartão. Mais tarde, ele teve o mesmo sonho três vezes em que ouviu as palavras: “Por que você limpou o conteúdo do seu cartão?” Ele foi procurar a pessoa que lhe tinha dado o cartão e, como resultado de sua busca, veio a ter fé em Jesus.

Como podemos orar?

• Para os muçulmanos em N’Djamena encontrarem a vida abundante em Jesus. (João 10:9-11)
• Pelas crianças que frequentam escolas cristãs: que através do testemunho dos professores e das histórias bíblicas eles venham a seguir Jesus. (Mateus 19:13-14)
• Para os crentes de origem muçulmana: que eles possam ser fiéis em seguir Jesus e experimentar sua proteção. (Hebreus 10:23)

Dia 6 – Atenas, Grécia

Atenas, Grécia, o “berço da civilização ocidental”, tem sido durante muito tempo uma grande influenciadora cultural. É famosa pelo discurso do Apóstolo Paulo no Areópago onde disse: “De um só homem fez todas as nações para habitarem sobre a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem Deus se, porventura, tateando, o possam achar, ainda que não esteja longe de cada um de nós”. – Atos 17:26-27
Nos últimos anos, milhares de muçulmanos fugiram para Atenas , de suas terras devastadas pela guerra e pela pobreza . Pela primeira vez em suas vidas, podem agora encontrar cristãos de origem muçulmana.
Um plantador de igrejas do Iraque disse: “As pessoas no Ocidente têm medo que a Europa se torne um continente muçulmano. Mas aqueles que como nós, optaram por seguir Cristo também estão indo para lá, e vão partilhar a sua fé”.
Numa ocasião, um ancião muçulmano paquistanês pediu para ser batizado depois de receber a Cristo como seu Senhor e Salvador. Ao deixar a praia ao sul de Atenas, viu um homem correr pela rua e disse: “Sinto-me novamente como um jovem rapaz, como se pudesse correr mais que aquele homem. Eu sou uma nova criação. Estou cheio da alegria do Senhor”. Outras histórias semelhantes estão acontecendo em Atenas, uma vez que mais estão sendo salvos.

Como podemos orar?

• Orem pelos refugiados em Atenas que sofreram e perderam muito, para que reconstruam as suas vidas e encontrem a paz. (Efésios 2:17-21)
• Orem pelos pastores, plantadores de igrejas e organizações que trabalham entre refugiados, para que o seu ministério seja eficaz e para que tenham os recursos necessários para servir. (Marcos 16:15-18)
• Orem por sonhos e visões que levem os muçulmanos a conversas com seguidores de Cristo. Orem para que os muçulmanos alcancem e encontrem Deus, que “não está distante”. (Salmo 139)

Dia 7 – Calcutá, Índia

Calcutá, a capital original da Índia, é conhecida por sua rica cultura, gastronomia e belas artes. Tem também uma história poderosa em missões – William Carey, “o pai das missões modernas”, estabeleceu ali o seu ministério no fim dos anos 1700.
Os muçulmanos constituem 20,6 % dos 4,5 milhões de habitantes de Calcutá. Alguns são nativos de Calcutá, mas muitos destes muçulmanos provêm de estados próximos ou do país vizinho, Bangladesh. Enquanto vivem em comunidades próximas, a sua experiência em negócios é uma parte importante da vida diária de todos os habitantes da cidade.
Durante o Ramadã, as ruas transbordam de fortes fragrâncias e entusiasmo enquanto as pessoas fazem compras de roupa nova e celebram durante todo o mês. Em muitos aspectos, a cultura vibrante é o pulsar do coração da cidade, mas as comunidades muçulmanas em Calcutá vivem com medo. Como minoria religiosa, não são aceitos pelo resto da comunidade. Anseiam por viver uma vida normal como todas as outras pessoas.
Mas em meio ao medo e às lutas, há pequenos ajuntamentos de crentes entrelaçados por essas comunidades muçulmanas. Os muçulmanos de Calcutá estão lentamente aderindo à fé em Cristo. Estão compartilhando a verdade e a salvação que encontraram em Jesus com suas famílias e amigos.

Como podemos orar?

• Os muçulmanos em Calcutá temem mudanças no governo que possam levar a mais perseguição. Orem para que o governo local permaneça solidário com as minorias, para que a comunidade muçulmana possa viver em paz. (Salmo 112)
• Orem para que, enquanto a comunidade muçulmana procura a aceitação, a encontrem em Cristo e na comunhão dos crentes. (Efésios 4:1-3)
• Orem para que os cristãos em Calcutá vejam a comunidade muçulmana através dos olhos de Cristo. Que Deus lhes dê um desejo profundo de ver os seus irmãos e irmãs conhecendo o único verdadeiro Deus. (Colossenses 4:2-6)

Dia 8 – Houston, EUA

Existem mais de 3 000 igrejas em Houston, e estima-se que 80.000 muçulmanos residem nessa cidade. Deus respondeu às orações da Igreja para que os grupos de muçulmanos tenham acesso ao Evangelho. Muçulmanos de todo o mundo vivem agora na esquina da casa de cristãos americanos!
Alguns cristãos em Houston compreendem esta oportunidade e estão fazendo amizade com os muçulmanos em suas comunidades. Um professor de piano dá as boas-vindas aos muçulmanos na sua aula com a esperança de partilhar a sua fé com os seus alunos e os seus pais. Jovens adultos mudam para edifícios de apartamentos que são predominantemente ocupados por muçulmanos para terem mais oportunidades de conhecer os seus vizinhos muçulmanos. Duas mulheres cristãs envolvidas no programa de língua inglesa da sua igreja puseram-se à disposição dos estudantes muçulmanos de inglês para estudar a Bíblia fora da sala de aula. Uma organização organizou para que seis cristãos e seis muçulmanos estudassem juntos, durante seis semanas, histórias paralelas da Bíblia e do Alcorão.
A igreja em Houston está determinada a ser criativa em alcançar os muçulmanos locais. Um grupo missionário entregou 2.671 Evangelhos de Lucas contextualizados a muçulmanos paquistaneses. Isto resultou em 14 muçulmanos escolhendo seguir a Jesus. Um distinto estudioso muçulmano entrou numa igreja de Houston para aprender inglês. Um membro da igreja fez amizade com ele e começaram a se encontrar semanalmente. Hoje, esse estudioso muçulmano é um estudante do seminário. Um jovem paquistanês encontrou Jesus nos seus sonhos. Entrou numa igreja de Houston pedindo para ser batizado. Como Jesus disse, “A colheita é abundante…!” (Mateus 9:37) e, em Houston, está madura.

Como podemos orar?

• Orem pelos muçulmanos em Houston, para serem abençoados e encorajados na amizade com os cristãos. (Lucas 10:25-37)
• Orem para que os grupos cristãos que vivem e trabalham em Houston procurem relações autênticas com os seus vizinhos muçulmanos e encontrem formas de os abençoar. (Provérbios 11:11)
• Orem para que muitos muçulmanos em Houston experimentem o amor de Cristo através de Seus seguidores e cheguem à fé n’Ele. (1 Timóteo 2:1-6)

Dia 9 – Multan, Paquistão

Suriya vive em Multan, a sétima maior cidade do Paquistão. A maioria dos 2 milhões de habitantes são muçulmanos. A cidade encontra-se na província de Punjab, conhecida como “a terra dos cinco rios”, mas Multan é conhecida pela poeira, calor extremo, mendigos, e muitas sepulturas de santos Sufistas.
Todos os dias muitas pessoas fazem peregrinações a Rukn-i-Alam, o mausoléu mais famoso da cidade. Eles esperam que as orações pelas suas necessidades sejam respondidas lá.
Como a maioria das mulheres em Multan, Suriya pertence a uma família muçulmana conservadora. Embora viver numa cidade signifique que muitas meninas possam ir à escola, os pais costumam arranjar para que suas filhas se casem ainda muito novas. Quando Suriya se casou, a família do seu marido esperava que ela engravidasse o mais cedo possível e que desse à luz a um bebê, de preferência um filho. Mas Suriya não tinha filhos. Como muitas outras mulheres na sua situação, ela sofreu o desprezo da família e da sociedade. A sua sogra ameaçou mandá-la embora e arranjar uma nova esposa para o seu filho. Suriya estava desesperada.
Suriya tomou conhecimento de uma clínica que trata mulheres inférteis dirigida por cristãos . O pessoal de lá quer ser um testemunho do amor de Deus aos seus pacientes. Suriya teve uma consulta e alguém orou por ela. Ela voltou para casa, confortada e esperançosa. Alguns meses mais tarde, aconteceu um milagre, e ela descobriu que estava grávida! Será que ela irá se lembrar de Jesus, por cujo nome foi agraciada, e abrir o seu coração a Ele?

Como podemos orar?

• Oremos por mulheres como a Suriya para que experimententem o amor e a aceitação de Jesus. (1 Coríntios 1:28-29)
• Orem para que clínicas de saúde como esta, sejam Sal e Luz em Multan e para que os cristãos encontrem formas práticas de abençoar a cidade. ( (Hebreus 13:16)
• Orem por aqueles que procuram ajuda nas sepulturas dos santos Sufistas, para que eles tenham uma revelação de Cristo e encontrarem a ajuda de que necessitam. (Salmo 40:1)

Dia 10 – Daca, Bangladesh

Os muçulmanos bengalis são um dos maiores grupos de povos não alcançados do mundo e a maioria deles vive em Bangladesh. A capital Daca é o lar de cerca de 20 milhões de pessoas, o que faz da cidade uma das megacidades de crescimento mais rápido do mundo. Cerca de 90% dos habitantes são muçulmanos.
Os jovens muçulmanos em Daca podem estar em conflito com as opções que a sua cidade oferece. Por um lado, a vida cotidiana dos bengalis muçulmanos é influenciada pelo ensino cada vez mais conservador nas mesquitas. Nos últimos anos, estes ensinamentos têm também influenciado a cultura tradicional bengali. Por exemplo, a celebração “Gaye Holud” bengali que tradicionalmente acontece alguns dias antes de uma cerimônia de casamento. Nesta celebração, os visitantes colorem os rostos dos noivos de amarelo e os alimentam com doces. Mas de acordo com os ensinamentos de algumas mesquitas, esta celebração é rotulada como, “não muçulmana”, e as pessoas deixaram de praticá-la. Esta influência conservadora também é vista nas ruas à medida que cada vez mais mulheres usam a burca em público.
Por outro lado, através das redes sociais e da Internet, os muçulmanos bengalis veem um mundo livre fora da sua cidade, com muitas opções. Daca oferece o anonimato e subculturas para explorar novas ideias e estilos de vida. Alguns cristãos aproveitam esta oportunidade para informar os que buscam informações sobre a fé cristã e tentam responder às suas perguntas sobre o Islã.

Como podemos orar?

• Orem pelas necessidades de Daca como uma megacidade crescente – enfrenta muitos desafios com superlotação, inundações frequentes e poluição. Ore por uma liderança sábia e uma boa gestão. (Isaías 26:1-3);
• Orem para que os muçulmanos em Daca tenham oportunidades de aprender sobre o que significa seguir a Cristo. (Salmo 119:9-10);
• Orem pela proteção física e espiritual dos cristãos que vivem em Daca e para que eles sejam uma testemunha eficaz de Jesus. (1 Timóteo 4).

Dia 11 – Jakarta, Indonésia

Jarot é um estudante universitário em Jacarta. Ele veio de uma cidade menor para a capital para cursar engenharia, mas achou difícil ficar longe de sua família e comunidade. Como muitos indonésios, Jarot foi criado dentro da cultura islâmica, mas não era particularmente devoto. Ele fez amizade com um grupo na universidade que estava explorando um movimento chamado “hijrah”. Hijrah é uma palavra árabe para uma viagem, às vezes interpretada como arrependimento, e o movimento incentiva as pessoas a adotarem um estilo de vida mais religioso, seguindo cuidadosamente a conduta e os rituais islâmicos. O movimento hijrah tem sido endossado por várias celebridades indonésias e se tornou popular entre os jovens que buscam significado e propósito.
Rachel faz parte da minoria cristã em Jacarta. Sua igreja em Jacarta tem relações amigáveis com mesquitas locais, e às vezes ela participa de reuniões inter-religiosas que eles hospedam no campus. Ela conheceu Jarot em uma dessas reuniões, onde ele estava curioso para aprender sobre o princípio cristão do arrependimento. Raquel ora para que ele queira aprender mais.
A Indonésia é uma democracia secular e a maioria dos indonésios apoiam uma sociedade pluralista com muçulmanos, hindus, cristãos e outros vivendo pacificamente juntos. Muitos estão preocupados que um movimento como o hijrah possa ameaçar essa paz. O islamismo é de longe a religião dominante na Indonésia e hospeda a maior população muçulmana do mundo, com 225 milhões de muçulmanos. Jacarta tem uma população ligeiramente mais diversificada, com 84% dos residentes sendo muçulmanos e 11% cristãos.

Como podemos orar?

• Ore pela liberdade religiosa e coexistência pacífica entre as diferentes comunidades de fé em Jacarta. (Romanos 12:18)
• 25% da população de Jacarta tem menos de 25 anos de idade. Ore pelos jovens que estão em busca de sentido e propósito, que eles possam encontrá-los em Cristo. (2 Timóteo 2:22)
• Ore pelos cristãos em Jacarta, para que sejam sábios e diligentes em compartilhar sua fé. (Colossenses 4:6)

Dia 12 – Kampala, Uganda

Faduma vagueia com sua cesta através das multidões pelas manhãs no bairro Somali em Kampala. Todos os dias, ela se levanta antes do nascer do sol para preparar anjero, o pão tradicional que os Somalis comem no café da manhã. Ela sustenta os três filhos com a venda de pães. Há cinco anos ela vive em “Pequeno Mogadíscio”, um bairro de lata em Kampala. A maioria dos somalis que fugiram da guerra civil na Somália e vieram para Uganda, estão aqui. Faduma é uma mãe solteira. Ela quase não tem educação formal, não fala inglês, que é a língua oficial em Uganda, e não consegue encontrar nenhum trabalho.
Estima-se que 12% dos 1,7 milhões de habitantes de Kampala são muçulmanos. Alguns pertencem a grupos étnicos nativos muçulmanos ou vieram do mundo árabe e se estabeleceram como empresários de sucesso. Em uma parte bem diferente da cidade vivem cerca de 20 mil refugiados somalis, que se estabeleceram principalmente no “Pequeno Mogadíscio”. Sem formação escolar ou profissional, eles têm poucas oportunidades de melhorar suas vidas e muitas vezes são temidos e evitados pelos cidadãos locais.
Uma equipe de cristãos ugandenses começou a responder à difícil situação dos muçulmanos na parte somali da cidade. Eles querem ajudar os jovens somalis em particular, oferecendo aulas de inglês, cursos de informática ou treinamento em futebol. Ao mesmo tempo, eles estão tentando construir uma ponte entre os cristãos ugandenses e os somalis, que são quase inteiramente muçulmanos. Eles encorajam e treinam os cristãos a se envolver com o povo dos bairros somalis, orando por eles e compartilhando o amor de Jesus.

Como podemos orar?

• Ore para que muitos cristãos ugandenses sejam testemunhas do amor de Deus para os muçulmanos somalis em sua cidade. (Colossenses 4:2-6)
• Orem para que muitos somalis que estão atolados na falta de esperança inerente à vida de refugiados, encontrem apoio amoroso e ajuda prática dos cristãos. (Salmo 40:9-10)
• Ore para que os somalis possam ter encontros com Jesus e que possam compartilhar com seus contatos na Somália. (2 Coríntios 9:11-14)

Dia 13 – Paris, França

Paris tem uma das maiores populações muçulmanas da Europa. É uma comunidade diversificada, constituída em grande parte por imigrantes de antigas colônias francesas no Norte e Oeste da África.
Mahamadu se joga sobre sua cama, exausto. Ele terminou seu trabalho de limpeza e tem algumas horas antes de começar seu turno noturno como segurança. Mas ele não pode relaxar, porque é domingo, o dia em que seus familiares visitam o albergue onde ele vive com centenas de outros trabalhadores imigrantes Soninke. É um dia para discutir os problemas familiares na França e decidir quanto dinheiro eles precisam enviar de volta para sua aldeia natal no Mali. A filha de Mahamandu no Mali está doente, por isso ele está preocupado que não terá dinheiro suficiente para ela, além de dar sua contribuição para a alimentação do próximo festival Eid. A vida de Mahamadu é típica dos mais de 100 mil imigrantes Soninke na região da grande Paris, trabalhando em múltiplos empregos mal remunerados para ganhar o suficiente para sustentar suas famílias na África Ocidental. A maioria deles nunca conheceram um verdadeiro seguidor de Jesus ou ouviram o Evangelho. No entanto, há alguns poucos crentes que vivem isolados e sofrem perseguição dentro de sua comunidade.
As comunidades Soninke são encontradas em todo o mundo, particularmente na França. Elas vêm da África Ocidental, onde têm sido comerciantes por gerações. Os Soninke converteram-se ao Islã no século XI e quase todos eles são muçulmanos devotos – orgulhosos de seus 900 anos de herança islâmica.

Como podemos orar?

• Ore para que os imigrantes Soninke em Paris encontrem o trabalho de que necessitam para sustentar suas famílias na África Ocidental. (Marcos 12:32-34)
• Ore para que todos os muçulmanos em Paris encontrem seguidores de Cristo nesta cidade e para que mais trabalhadores cristãos venham. (Mateus 9:38)
• Ore pela segurança dos poucos crentes, e para que muitos outros Soninke em Paris venham a conhecer Cristo. (João 14:6)

Dia 14 – Yangon, Myanma

Os turistas que visitam a antiga capital de Myanmar, Yangon, ficam muitas vezes impressionados com a visão dos templos budistas dourados e os milhares de monges vestidos em túnicas vermelhas. São poucos os visitantes que notam as muitas mesquitas que atestam uma longa e rica história de muçulmanos em Rangum. Hoje, oficialmente, 5% da população de Rangum é muçulmana, cerca de 350.000 pessoas. Estima-se que 10-20 % deles são rohingya do Estado de Rakhine, mas a maioria é de origem indiana, birmanesa ou mesmo de etnia chinesa.
Muitos rohingya que moram em Yangon hoje fugiram para lá em busca de segurança. Alguns destes ainda têm familiares que moram no estado de Rakhine, onde um conflito de décadas levou à perda de direitos básicos e à violência generalizada contra estes cidadãos. As famílias de outros rohingya em Yangon se espalharam, tornando-se refugiados em todo o mundo e em grande proporção no país vizinho Bangladesh. Viajar para ver os membros de suas famílias nem sempre é possível. “Eu não vejo minha mãe há mais de 20 anos. Tenho saudades dela”, um homem rohingya contou recentemente a um amigo. Preconceito, discriminação e perseguição, entretanto, não se limitam aos rohingya, mas se estendem aos muçulmanos de outras origens também.
Não há crentes conhecidos entre os rohingya, e nem entre outros grupos muçulmanos em Rangum. O esforço de obreiros internacionais ou locais para alcançar os muçulmanos de Myanmar é pouco expressivo ou não existe. Pessoas dentro da igreja birmanesa têm feito comentários como “Jesus não morreu pelo povo rohingya” e sentimentos negativos sobre os muçulmanos estão presentes entre muitos.

Como podemos orar?

• A situação dos muçulmanos em Yangon parece sem esperança, mas sabemos que “o Senhor é um abrigo para os oprimidos, um refúgio em tempos de aflição” (Salmo 9:9).
• Ore para que os muçulmanos que anseiam pela verdadeira paz e reconciliação possam encontrar a verdade e a beleza de Jesus. (Romanos 15:13)
• Ore para que Deus dê às igrejas locais de língua birmanesa um coração para seus vizinhos muçulmanos. (1 João 2:3-6)

Dia 15 – Samarkand, Uzbequistão

Samarkand é uma cidade linda, quase mítica, tornada famosa como uma encruzilhada na Rota da Seda. A cidade se orgulha de possuir três seções históricas: a antiga cidade do século 7, destruída por Genghis Khan no século 13; a cidade medieval dos séculos 14-15, quando a arte e a arquitetura islâmicas eram muito influentes; e os desenvolvimentos dos séculos 19 e 20 construídos pelos russos.
A maioria da população de Samarkand se identifica etnicamente como tadjiques, que é uma cultura persa, ao contrário dos uzbeques, que é um grupo do povo turco.
As diferenças culturais entre esses grupos podem causar tensão. O Uzbequistão é quase inteiramente muçulmano, mas
Samarkand tem uma população cristã composta principalmente de cristãos ortodoxos russos, católicos e outras denominações cristãs que apareceram na cidade após a independência do Uzbequistão em 1991.

Durante os anos 90, o governo do Uzbequistão abriu a nação, anteriormente fechada para o resto do mundo, após o colapso da União Soviética. Os negócios e o turismo foram encorajados, permitindo a entrada de trabalhadores estrangeiros em cidades como Samarkand, incluindo cristãos que ensinavam inglês e compartilhavam o evangelho. Durante esse período foram estabelecidas comunidades locais de crentes de origem muçulmana.
Em 2006, esta liberdade terminou, e os trabalhadores estrangeiros foram expulsos, e a perseguição aos cristãos
começou. Entretanto, a igreja em Samarkand e em outras partes do Uzbequistão tinha sido bem discipulada
e a igreja local cresceu, e continua sendo pequena, mas forte. Os cristãos se reúnem em igrejas nos lares de cristãos tadjiques e usbeques e estendem a mão a outros muçulmanos em suas redes pessoais.

Como podemos orar?

• O cristianismo foi introduzido em Samarkand mesmo antes do Islã, e embora tenha sido oprimido repetidamente, continua crescendo. Oremos pela liberdade de religião nesta cidade e nesta nação. (Mateus 5:44)
• Ore para que as comunidades cristãs de Samarkand cresçam, sejam fortes e testemunhas ousadas. (Colossenses 1:3-6)
• Ore para que muitos em Samarkand ouçam o evangelho e possam tomar uma decisão. (Mateus 7:24-25)

Dia 16 – Doha, Qatar

Certo dia, numa conversa após o trabalho, Davi convidou Khalid para tomar um café na empresa em Doha para a qual ele tinha sido transferido recentemente da Inglaterra. Khalid aceitou com entusiasmo. Davi era novo em Doha, mas muito amigável e parecia estar interessado em conhecer os residentes qataris da cidade. A maioria dos moradores de Doha não são do Qatar, mas são trabalhadores migrantes, a maioria do sul e sudeste asiático. Khalid também tinha curiosidade a respeito da fé de Davi, pois havia escutado Davi falando com outro colega sobre onde encontrar um lugar de culto cristão na cidade.
Priya veio da Índia para Doha há cinco anos para trabalhar num hotel e pudesse enviar dinheiro para sua família. A pandemia do coronavírus fez com que muitos trabalhadores migrantes em empregos de baixa renda ficassem sem salários por um tempo. Priya dependia de doações de comida e de apoio de membros da igreja de expatriados que ela frequentava toda sexta-feira, que é o dia de culto para os muçulmanos do Qatar. Alguns dos colegas de Priya da Índia e do Nepal, viram a ajuda que ela recebia da comunidade cristã e começaram a frequentar com ela.
Estima-se que há 150 mil cristãos em Doha, a maioria deles sendo trabalhadores migrantes católicos. Expatriados como Davi e Priya têm oportunidades de compartilhar discretamente sua fé com outros na cidade que é o maior centro populacional do país. Os cristãos podem praticar sua fé, mas é ilegal fazer proselitismo então é importante ser sensível e respeitoso, mas é possível.

Como podemos orar?

• Ore pela segurança dos trabalhadores migrantes em Doha que trabalham longas horas em condições difíceis (Salmo 91:1-16)
• Ore para que os cristãos em Doha sejam ousados e sábios em seu testemunho. (Mateus 10:16)
• Ore para que muitos moradores de Doha – qataris e expatriados venham a ter fé em Jesus. (João 14:6)

Dia 17 – Toronto, Canadá

A região metropolitana de Toronto é conhecida como a região mais etnicamente diversificada na América do Norte e possivelmente no mundo. É um exemplo atual do que Paulo disse em Atos 17:26-27 “(Deus,) de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, …”
Pelo menos 500 mil muçulmanos vivem nessa região, o que lhes faz uma minoria significante numa cidade que é um polo global. Há cerca de 220 mesquitas na região. Muitos muçulmanos migraram para Toronto devido a guerras, privações, pobreza, desapontamentos com o Islã, oportunidades educacionais e perseguição. A maioria dos muçulmanos canadenses vieram de países onde eles não tiveram oportunidades para descobrir Jesus Cristo.
Mohamed, um muçulmano da Síria está buscando sua graduação no Canadá. Ele disse: “De forma geral, os muçulmanos gostam de ouvir você orar por eles.” Eles desejam estar no paraíso com Deus. Mas precisam ver que a eternidade com Ele só é possível reconhecendo a Jesus como seu Salvador e Senhor. Mohamed acrescentou que ele é grato aos cristãos que lhe perguntam como podem orar por seus amigos muçulmanos. Tais atitudes simples podem ser uma demonstração profunda do amor de Cristo.

Como podemos orar?

• Ore por imigrantes que estão se adaptando ao clima, cultura e mudança de vida em Toronto. (Dt 10:18-19)
• Ore para que o Espírito Santo traga Mohamed e outros como ele à Fé em Cristo, para que eles possam mostrar a outros muçulmanos a beleza do Evangelho (Mt 25:35-40).
• Ore para que os muçulmanos de Toronto façam amizade com cristãos e tenham experiências positivas com a igreja canadense. (At 17:26-28).

Dia 19 – Berlim, Alemanha

Conforme Bernd pega o metrô para casa, ele pensa sobre encontrar com seu amigo Murat. Murat é um árabe iemenita que veio para Berlim como homem de negócios.
Depois de montar um negócio bem sucedido de jóias típicas, ele pôde investir num prédio inteiro. Murat transformou parte do prédio num popular restaurante árabe e em outras partes do prédio, ele fez uma mesquita decorada com o tradicional estilo iemenita. Cerca de 200 homens vêm para a oração do meio-dia na sexta, enchendo a sala. Bernd está impressionado com o compromisso de Murat de ser um bom muçulmano, a ponto de sacrificar espaço em seu negócio. Bernd já esteve na mesquita de Murat várias vezes. Murat, como líder da mesquita, assegurou a Bernd que “as portas estarão sempre abertas para você. Você não é um estranho aqui.”
Juntos, os dois se sentam no chão da mesquita. Primeiro falam sobre suas famílias e então Bernd conta a Murat uma história da Bíblia. Murat conhece muito bem o Alcorão, mas ele acha que as histórias do Antigo Testamento são muito interessantes. Bernd aprende muito sobre o islã com Murat.
Bernd espera poder seguir as histórias do Antigo Testamento com as histórias de Jesus. Ele ora com Murat, por sua família e negócio, terminando as orações colocando as mãos sobre sua face, da mesma forma que os muçulmanos fazem – em seguida é cordialmente convidado para retornar.

Como podemos orar?

• Há 50 grupos étnicos muçulmanos não alcançados em Berlim. Ore para que eles ouçam as Boas Novas de Cristo e para que comunidades de crentes surjam. (Is 56:6-7)
• Ore para que a Igreja na Alemanha seja uma benção para seus vizinhos muçulmanos e para que os cristãos compartilhem sua fé, como Bernd. (Jo 3:1-15)
• Ore pelos iemenitas em Berlim. Para que eles ouçam o evangelho e compartilhem com suas comunidades no Iêmen, onde o alcance é mais difícil. (Rm 10:14)

Dia 19 – Carachi, Paquistão

Localizada na costa Sul do Paquistão, Carachi é conhecida como o polo econômico do país. Os moradores da cidade são bem diversificados. Por anos, imigrantes de várias partes do país chegaram à cidade em busca de melhores oportunidades de emprego. Cerca de 400 povos não-alcançados do Paquistão estão representados na população da cidade. Além disso, numerosos grupos de refugiados do Afeganistão e Bangladesh também vivem na cidade.
A cidade possui uma população estimada em 15 milhões de pessoas, sendo 95% de muçulmanos. Desses muçulmanos, muitas seitas diferentes podem ser encontradas, com ideias que vão de conservadoras a liberais. Uma pequena minoria cristã reside na cidade, mas frequentemente eles são perseguidos e negligenciados. A maioria deles não têm interesse em alcançar seus vizinhos muçulmanos.

O desespero, a desorganização e a pobreza que trouxeram boa parte dos imigrantes para Carachi também é evidente na cultura da cidade. Reclamações sobre a falta de infraestrutura, diferenças sociais, corrupção, crime e desigualdade de gênero são frequentes. Em um nível mais pessoal, os carachitas falam de contínuas disputas familiares, traições nas amizades, violência doméstica, chantagem emocional e de apenas poderem confiar em si mesmos.
Moradores que desistiram de ter esperança que um dia as coisas mudem dizem: “O Paquistão é assim” – em tom fatalista. Eles estão conformados pela condição da cidade, mas a mudança é possível.

Como podemos orar?

• Ore para que a Igreja em Carachi viva no espírito oposto à confusão, desorganização e corrupção e mostre o caminho para a verdade e a vida de Cristo (Jo 14:6)
• Ore para que os muçulmanos em Carachi tenho sonhos e revelações sobre Jesus (At 2:17-18)
• Ore por mais obreiros cristãos em Carachi. Para que eles levem a luz e amor de Cristo para a cidade. (1 Jo 1:1-7)

Dia 20 – Nairobi, Quênia

Nairobi é a capital do Quênia, com uma população de mais de 4,3 milhões de pessoas. A população muçulmana em Nairobi é em grande parte de imigrante: os nubi em Kibera que vieram para o Quênia por volta de 1850, os muçulmanos swahili que vieram de Mombaça e dos condados costeiros do Quénia, e os somalis da Somália.
Dentro do subúrbio de Eastleigh, em Nairobi, existe a terceira maior população de somalis urbanos fora da sua pátria na África. Os muçulmanos somalis em Nairobi são conservadores, tanto na cultura como na religião. O seu grupo é uma maioria entre os muçulmanos em Nairobi, mas uma minoria na cidade em comparação com os cristãos. São influentes nos negócios e vistos como trabalhadores, mas hostis e conservadores por outras comunidades. No entanto, alguns somalis mais jovens e educados são mais

20seculares e mais empenhados com os não-muçulmanos.
Os somalis são o maior grupo de pessoas não alcançadas no Quênia, mas como o seu povo está associado a grupos extremistas, muitos cristãos quenianos têm medo de se envolver com eles. Alguns obreiros cristãos, contudo, têm apresentado corajosamente o Evangelho através do seu testemunho, assistência comunitária e fazendo reuniões públicas com acadêmicos muçulmanos para debater sobre a sua fé.
Abdi tornou-se um seguidor de Cristo na universidade. A sua família muçulmana recusa-se a ter qualquer coisa a ver com ele, e ele também tem tido dificuldade em conectar-se aos cristãos de Nairobi, que desconfiam dele. Ele e alguns outros cristãos somalis começaram a se reunir em privado com um pastor local para orar sobre o início de uma comunidade somali que alcance o seu próprio povo.

Como podemos orar?

• Ore pelos jovens muçulmanos em Nairobi, para que estejam cada vez mais abertos a falar sobre a fé com os cristãos da cidade. (Romanos 10:17)
• Ore para que os cristãos de Nairobi sejam ousados no seu testemunho e preparados para falar com os muçulmanos sobre a sua experiência de Cristo. (Romanos 10:14-15)
• Ore para que muitos muçulmanos somalis sigam a Cristo em Nairobi e estabeleçam novas comunidades entre o seu povo. (1 Pedro 3:15)
• 24

Dia 21 – Basiléia, Suíça

“Aqui na igreja, tudo começou quando um jogador de futebol curdo foi salvo. Ele transmitiu com alegria e paixão a mensagem de Jesus para sua família e amigos. Através dele, um amigo, sua irmã, sua namorada, seu primo e outro colega vieram a Jesus”.
A área metropolitana da Basiléia abriga 1,3 milhões de pessoas e se estende pelos três países: Suíça, França e Alemanha. O “Biovale” no Reno deve sua força econômica ao setor químico e farmacêutico e à medicina, nano e biotecnologia. Esta indústria das ciências da vida atrai muitos estrangeiros para a cidade suíça.
Cerca de 10% da população da Basiléia são muçulmanos. Muitos vieram primeiro como trabalhadores convidados e depois como requerentes de asilo. Dois terços deles são da Turquia. A maioria dos 8.000 turcos e 10.000 curdos que vivem na cidade da Basiléia são oficialmente definidos como muçulmanos, mas estão profundamente desapontados com a situação em sua pátria. Eles tiveram que deixar seus países (Iraque, Síria, Turquia) por razões políticas e econômicas.
Para construir relacionamentos e confiança, os cristãos há muito tempo oferecem aulas de alemão e rodam clubes infantis em alguns dos bairros de imigrantes na cidade e nos bairros periféricos. Após décadas de oração, as reações positivas dos curdos de segunda geração são agora muito promissoras para as comunidades da região.

Como podemos orar?

• Que Deus chame e salve muitos muçulmanos na Basiléia e, através deles, alcance seus círculos de amigos. (Atos 2:40-42)
• Que os suíços e os cristãos imigrantes juntos em unidade possam viver uma poderosa testemunha para os muçulmanos em bairros de imigrantes. (Salmos 133:1)
• Ore pelos desafios que as famílias muçulmanas imigrantes enfrentam na Basiléia, de mudar para uma cultura muito diferente e criar crianças que crescem nessa cultura. (Salmos 20:1-5)

Dia 22 – Sydney, Austrália

Os muçulmanos representam menos de 2% da população australiana, mas aproximadamente 40% dessa população vive na cidade multicultural de Sydney. Os muçulmanos em Sydney são etnicamente, linguisticamente e culturalmente diversos, tendo vindo de mais de 120 países.
Ali é de uma nação fortemente muçulmana, mas encontrou refúgio e trabalho em Sydney. Um amigo o convidou para uma reunião no lar, onde conheceu seguidores de Jesus reunidos para oração e estudo bíblico. Ali havia sido avisado sobre “igrejas” durante toda sua vida e certamente não gostaria de ser visto entrando em um prédio da igreja. Esta cidade parecia estar repleta de infinitos centros culturais, lugares de culto e lugares de devassidão… e Ali os evitou a todos com firmeza. Mas isto parecia diferente. A maioria eram pessoas de seu próprio país, ou de países próximos. Ali estava tanto interessado quanto cético e foi junto com seu amigo para ver do que se tratava.
Ali gostou da refeição e ficou intrigado com o desejo sincero do grupo de seguir as Escrituras. Impressionado pela maneira como todos se amavam e respeitavam uns aos outros, apesar das diferentes idades, gêneros, empregos e nacionalidades, Ali continuou vindo e aos poucos foi conhecendo e amando Jesus também.
As reuniões de comunhão em casas incluíam elementos familiares da hospitalidade e da língua de seu país de origem, mas o amor da comunidade era radicalmente diferente, e Ali ouviu e acreditou no evangelho em um ambiente de amor comunitário.

Como podemos orar?

• Ore para que muitos cristãos em Sydney estejam dispostos a mostrar amor aos imigrantes, estudantes e visitantes de países muçulmanos. (Efésios 2:19)
• Ore para que os muçulmanos em Sydney encontrem o amor de Cristo e Seu povo. (Romanos 12:9)
• Que Deus continue a usar o movimento de pessoas ao redor do mundo para trazer aqueles de países “fechados” em contato com o evangelho para Sua glória! (1 Coríntios 9:19-23)

Dia 23 – Daca, Bangladesh

Nota do editor: Incluímos nesta edição dois artigos sobre Daca, por causa do tamanho e da estratégia desta cidade para que orem.
Daca é a capital de Bangladesh e uma das cidades mais densamente povoadas do mundo. Muitos residentes vieram de áreas rurais para Daca com a esperança de encontrar trabalho e educação. Há trabalho, mas as condições de trabalho são extremamente difíceis.
Maliha é uma das incontáveis trabalhadoras nas fábricas de roupas em Daca. Mesmo durante o Ramadã, ela parte para a fábrica às 7 horas da manhã, onde trabalha de 12 a 14 horas por dia. Durante a maior parte do tempo, ela se senta na máquina de costura e transforma pedaços de tecido em camisetas para uma etiqueta de moda ocidental. Quando chega em casa cansada à noite, ela quebra o jejum e faz suas orações antes de descansar por um tempo. Maliha está ansiosa pelo Eid Al-Fitr no final do Ramadã, quando ela e sua família recebem muitos convidados em sua pequena casa, como é tradição entre os muçulmanos bengali.
Mais da metade da população vive na pobreza nesta megacidade em rápido crescimento. Muitas mulheres como Maliha ganham muito pouco nas fábricas exploradoras. A chance de ouvirem falar de Jesus é pequena, porque há pouco esforço para compartilhar o evangelho em Bangladesh, e apenas cerca de um quarto delas estão concentradas nos muçulmanos, embora elas representam 90% da população. Estima-se que existam menos de 1000 crentes de origem muçulmana em Daca.

Como podemos orar?

• Ore por coragem e oportunidades para que o pequeno número de crentes, especialmente os de origem muçulmana, compartilhe sua fé. (2 Timóteo 2:1-7)
• Ore por mais esforços de plantação de igrejas em Daca, com organizações colocando recursos nesta cidade estratégica. (Romanos 10:13-14)
• Ore para que os proprietários de empresas e fábricas ouçam as boas notícias e se tornem aqueles que influenciam a sociedade e melhoram a situação dos trabalhadores das fábricas. (Mateus 19:16-30).

Dia 24 – Kuala Lumpur, Malásia

Normalmente, Amina teria tomado o trem elevado com suas colegas de quarto, mas ela estava atrasada e não tinha tomado café da manhã antes de sair para a escola. Então, ela parou em uma máquina de suco de laranja fresco e pagou o suco com um aplicativo em seu celular. Ela não precisava se preocupar se a bebida era halal ou não, pois podia ver as laranjas sendo espremidas pela janela.
Amina sentia-se tão privilegiada por ser bolsista do governo e queria fazer com que sua família se orgulhasse; assim, ela se certificaria de não se atrasar novamente, e ficaria com seus colegas de alojamento para evitar os perigos de viajar sozinha no trem.
A Malásia é oficialmente uma nação muçulmana, embora também seja etnicamente diversa, com cerca de 61% da população se identificando como muçulmana. Kuala Lumpur (localmente conhecida como “KL”) tem uma população de pouco menos de 8 milhões de habitantes e Amina é um dos quase 500.000 estudantes universitários da cidade. Ela é uma malaia, de um vilarejo em outro estado. Muitos novos estudantes estão mais abertos ao Evangelho quando estão aprendendo e explorando novas ideias fora de casa.
A Malásia tem agora 4 universidades entre as 150 melhores do mundo, portanto os jovens cristãos podem vir de qualquer lugar e ser uma bênção para os muçulmanos nas universidades de KL, ao mesmo tempo em que obtêm um diploma com cerca de um terço do que custa em muitas nações ocidentais.

Como podemos orar?

• Ore para que os cristãos em KL atravessem as barreiras da religião, raça e idioma para compartilhar sobre Jesus com os muçulmanos. (Romanos 8:38-39)
• Ore para que as barreiras legais para compartilhar o evangelho na Malásia sejam diminuídas. (Provérbios 21:1)
• Ore pelos ministérios estudantis em KL e para que os cristãos nas universidades sejam um bom testemunho de Cristo. (Jeremias 1:7-8)

Dia 25 – Sana’a, Iêmen

A Cidade Velha na capital iemenita de Sana’a é conhecida por suas magníficas construções. Sana’a tem sido habitada há mais de 2.500 anos e alguns dos edifícios atuais datam de tempos pré-islâmicos. Feitos de barro, estes antigos arranha-céus atingem até 14 metros, com decorações elaboradas e vitrais. Mais de 100 mesquitas – entre elas uma das mais antigas do mundo – também são encontradas aqui.
Entretanto, os muçulmanos que vivem nestas belas casas enfrentam grande sofrimento. A guerra civil começou em 2015 e evoluiu para a maior crise humanitária do mundo. 3 milhões de pessoas sofrem de desnutrição aguda e quatro quintos de toda a população necessitam de assistência humanitária urgente. A pandemia de Covid-19 piorou a situação durante o ano passado.

Embora o povo de Sana’a esteja acostumado a sofrer, muitos estão agora lutando para sobreviver. O Ramadã é celebrado de forma muito tradicional na Cidade Velha de Sana’a, mas é um desafio para muitos encontrar os recursos para ter algo como uma festa típica do Eid-Al Fitr.
Oficialmente, a religião no Iêmen é 100% Islã, porém mais pessoas estão se voltando para Cristo nestes tempos. Os poucos seguidores locais de Jesus são ousados em seu testemunho quando se trata de mostrar o amor de Cristo, apoiando as pessoas ao seu redor e falando sobre sua esperança eterna.

Como podemos orar?

• Pelas muitas pessoas que sofrem nesta cidade e que o Senhor tenha piedade delas.
• Oremos por soluções políticas e práticas em relação ao conflito duradouro na cidade e em todo o país. (Isaías 26:1-4)
• Para Deus se revelar através de sonhos e visões aos muçulmanos nesta cidade. (Jó 33:14-15)
• Que os poucos crentes da cidade continuem a ter a ousadia e os recursos para testemunhar sua esperança através de palavras e ações e ver muitos em Sana’a chegarem à fé em Cristo. (Filipenses 4:4-7)

Dia 26 – Hamburgo, Alemanha

Karim, um jovem do Paquistão está me esperando na porta da mesquita “Fazle-Omar’’ em Hamburgo, Alemanha.
É a mesquita mais antiga da cidade, inaugurada em 1957. Ele me mostra e me explica a história do Ahmadi Muslim
Jamaat, um movimento de reforma islâmico fundado em Punjab, Índia, no final do século XIX.
O fundador dos Ahmadi alegou ser um profeta comissionado por Deus, enviado para reformar o Islã. Sua reivindicação foi muito controversa e logo seus seguidores no sul da Ásia foram perseguidos. Por esta
razão, muitos fugiram para o Ocidente e alguns vieram para Hamburgo.
Karim explica que o atual líder espiritual dos Ahmadi faz um discurso toda sexta-feira para toda a comunidade através de transmissão via satélite. O lema da Comunidade Ahmadi Muçulmana é: “Amor por todos, ódio por ninguém” e eles
demonstram isso ativamente na sociedade hamburguense. Todo dia de Ano Novo eles limpam o lixo deixado pelos fogos de artifício no centro da cidade. Eventos de doação de sangue e cerimônias de plantação de árvores são parte de seu esforço para abençoar a nação anfitriã onde eles vivem.
Não há seguidores conhecidos de Jesus na Alemanha que vêm do Movimento Ahmadi e não há muita interação com os seguidores de Jesus.

Como podemos orar?

• Ore para que os Ahmadi em Hamburgo se conectem com os cristãos que também servem a cidade e aprendam
• uns com os outros. (Efésios 2:8-9)
• Há cerca de 40 000 Ahmadi vivendo em muitas cidades em toda a Alemanha. Orem por eles e por muçulmanos de outras tradições que vivem em Hamburgo. (João 3:16)
• É importante que os cristãos compreendam quem são os muçulmanos em sua cidade – sua cultura, suas tradições, seitas e experiências. Ore para que os ceifeiros em Hamburgo tenham uma visão de quem são os muçulmanos em sua
• cidade, como em (1 Coríntios 13:12).

• Laylat-al-Qadr é a Noite do Decreto, a Noite do Poder. Nesta noite, os muçulmanos acreditam que há uma oportunidade especial para Deus ouvir suas orações, perdoar seus pecados e planejar seu destino. Diz-se que as orações e a adoração nesta noite valem mais que todas as orações e adoração de uma vida inteira.
• Ore especialmente para que os muçulmanos de todo o mundo possam experimentar a presença de Jesus nesta noite.

Dia 27 – Acra, Gana

O islamismo é uma religião minoritária em Gana, que é mais de 70% cristã, mas a maioria das diferentes comunidades vivem pacificamente juntas. Ali, milhares de muçulmanos do norte rural migram para as áreas urbanas mais ricas do sul. Entre eles encontram-se frequentemente meninas com idades de 14 a 16 anos, que migram para grandes cidades como Acra para trabalhar em mercados ou nas ruas como carregadores de carga conhecidos como kayaye. Estima-se que só em Accra existam 180.000 kayaye. Elas comem e dormem à beira da estrada ou em estações de caminhões e mercados, expostas à fraude, estupro e roubo.
Habiba, por exemplo, saiu de casa porque seus pais não podiam pagar as mensalidades escolares que ela precisava para completar sua educação. Durante o dia, ela carrega carga na cabeça, come pouco e tenta economizar o máximo possível. As kayaye são frequentemente desprezadas por outros na cidade. O fato de não terem educação formal, usar roupas inadequadas e não terem casa leva as pessoas a terem uma atitude desrespeitosa em relação às kayaye.
Grupos cristãos oferecem diferentes serviços, como educação para carregadoras chefes com crianças, serviços médicos para os doentes e feridos e educação básica em saúde, que contribuíram para melhorar a vida de alguns dos kayaye em Accra. A crise econômica do impacto do Covid-19 criou muitas oportunidades para que os cristãos demonstrassem compaixão e generosidade. Um grupo distribuiu recentemente mais de 2300 cestas básicas para mulheres e crianças que moram nas ruas.

Como podemos orar?

• Ore pelas mulheres kayaye em Accra, por oportunidades de melhorar suas vidas. (Salmo 31:19)
• Pelos cristãos em Acra que estão alcançando os muçulmanos na cidade. Para que suas boas obras tragam glória a Deus. (Mateus 5:16)
• Pela recuperação das perdas causadas pela pandemia, e para o crescimento na Igreja e em seu alcance aos muçulmanos. (Atos 2:42-47)

Dia 28 – Banjarmasin, Indonésia

Banjarmasin foi fundada em 24 de setembro de 1526, quando foi realizada uma procissão islâmica que simbolizava a entrada oficial do Islã em Kalimantan do Sul, uma província na ilha de Bornéu, na Indonésia. O Islamismo tem sido a
religião majoritária em Kalimantan do Sul desde aquela data. Na mesma data todos os anos, os mulçumanos visitam o
túmulo de seu primeiro governante sultão e, em seguida, adoram juntos na grande mesquita e sacrificam uma cabra ou vaca para o zelador do cemitério desse sultão.
Todos os anos, os banjar celebram o fim do Ramadã com grandes caminhões abertos em caravana por toda cidade com fogos de artifício, gritos e buzinas. Eles passam de 1 a 2 semana visitando amigos e familiares para continuar a celebração. Os cristãos frequentemente são convidados a comer uma refeição com seus amigos e familiares mulçumanos neste momento e é uma oportunidade para que possam compartilhar as boas novas.
A língua banjar é amplamente usada com língua comum em Kalimantan do Sul e é uma “língua de entrada” para outras línguas relacionadas. Então, assim que os Banjar tiverem a Bíblia completa em sua língua, ela será útil na produção de Bíblias em outras línguas locais.
Embora haja 28 igrejas nessa cidade, a maioria dos membros são de outros grupos étnicos. Ainda não há igreja que
adore a Deus em Banjar apesar de ser a língua falada por mais 4 milhões de pessoas. Saiba mais sobre os Banjar em:
www.pray4thebanjar.com.

Como podemos orar?

• Ore pelo crescimento de movimentos de discipulado nesta cidade influente e para que milhares de comunidades adorem a Deus na língua Banjar. (Atos 2)
• Ore para que os Cristãos dessa cidade se tornem mais ousados em compartilhar sua fé com os mulçumanos Banjar. (2 Coríntios 2:14)
• Ore pelo trabalho contínuo de tradução neste idioma de entrada. (Salmo 119:105)

Dia 29 – Tripoli, Líbia

Hassan dirigiu-se a um dos cafés recém-inaugurados de Trípoli. Embora Trípoli tenha muitas opções de cafés, ele gostou do design mais espaçoso e moderno dos cafés mais novos, em contraste com os cafés apertados e barulhentos nas partes mais antigas da cidade. Os novos cafés eram também mais susceptíveis de serem frequentados por jovens… até mesmo por mulheres jovens.
Hassan se encontrava com um grupo de amigos, estudantes internacionais que tinha conhecido na universidade. Eles se encontravam regularmente em seu café favorito para falar de política, esportes e religião. Vários deles eram cristãos e Hassan estava interessado nas suas crenças, nunca tendo conhecido um cristão antes. Ele ficou intrigado com as suas experiências e as suas descrições dos ensinamentos de Jesus e queria saber mais.

Os cafés desempenham um papel importante na cultura de Trípoli. O café é um ingrediente socialmente significativo em todo o Oriente Médio, presente em momentos de alegria e tristeza, encontros pessoais e de negócios. É um símbolo de generosidade e hospitalidade.
Em Trípoli, os cafés são os locais onde os idosos e os jovens se encontram para socializar, fofocar, discutir e planejar. São um lugar onde as pessoas vão para trocar ideias e conhecer novas pessoas. Isto faz deles um ambiente ideal para o discipulado.
Há menos de 100.000 cristãos na Líbia, mas estima-se que haja 1500 crentes de origem muçulmana. Sendo a maior cidade da Líbia, e a mais diversa, Trípoli está cheia de oportunidades.

Como podemos orar?

• O Islã é a religião estatal na Líbia. Ore por maior liberdade, social e legalmente, para que seja mais fácil falar de diferentes fés, para que as pessoas possam aprender sobre Jesus. (João 16:33)
• Trípoli permanece sempre à beira do conflito com a violência contínua da guerra civil e dos grupos extremistas que a rodeiam. Ore pela paz nesta cidade. (Salmo 2)
• Ore para que os cafés se tornem centros de discipulado, com muitos mais muçulmanos seguindo a Jesus. (João 8:31-32)

Dia 30 – Damasco, Síria

Damasco é conhecida na história cristã como o lugar onde o apóstolo Paulo teve um encontro sobrenatural com Cristo, tornou-se um seguidor de Jesus e iniciou sua missão que mudaria o mundo.
Damasco é uma das mais velhas cidades continuamente habitadas do mundo. Estabelecida em cerca de 2 a.C., ela foi declarada pelas Nações Unidas como um centro de herança mundial por seu histórico único e importância cultural. Importante não apenas na história cristã, Damasco foi um centro chave na luta dos muçulmanos contra as cruzadas e foi a capital do califado Jordano, um dos quatro califados estabelecidos após a morte do fundador do Islamismo, Maomé. O califado é uma forma de governo atribuída a um líder espiritual que afirma ser um sucessor de Maomé.
Hoje, a população de Damasco é de cerca de 2 392 000. A cidade teve um rápido crescimento no início do século 21, principalmente com a vinda de jovens para trabalhar e estudar. Recentemente, muitos também deixaram a cidade, fugindo da guerra civil. A maioria dos residentes atuais são árabes sírios, mas também há alguns curdos e até mesmo uma pequena comunidade de palestinos. A população cristã é um pouco maior na cidade, em comparação com a nação como um todo, cerca de 15 a 20% em Damasco, em comparação com 10% na nação. Há também uma pequena mas antiga população judaica.
Cristãos e Muçulmanos vivem em grande parte pacificamente em Damasco – eles têm lutas maiores que enfrentam juntos, como sírios, enfrentando a guerra. Ainda assim, sendo minoria, eles enfrentam perseguição e perigo constante à medida que a guerra continua.

Como podemos orar?

• A comunidade cristã em Damasco é formada por várias denominações, principalmente a Ortodoxa. Ore para que eles tenham união e para que eles sirvam uns aos outros em amor. (Gálatas 5:13)
• Ore pela paz na Síria para que esta cidade antiga possa se reconstruir e prosperar em segurança. (Atos 9:31)
• Ore para que muitos muçulmanos residentes de Damasco encontrem Cristo assim como Paulo O encontrou. (Atos 9: 1-22)

Continue a orar!

Após 30 dias de jejum, a celebração do Eid no final do Ramadã é um momento de alegria que normalmente dura cerca de 3 dias. Os muçulmanos irão comprar roupa nova, trocar presentes e, claro, desfrutar de comidas especiais. Nas nações de maioria muçulmana, as ruas poderão ser decoradas, e os festivais serão realizados.
O Eid al Fitr (“o festival de quebrar o jejum”) começa para muitos muçulmanos com orações comunitárias ao amanhecer e a distribuição de dinheiro (zakat) aos pobres, que é um dos cinco pilares do Islã.
Você pode saudar os amigos muçulmanos durante este tempo dizendo: “Eid Mubarak”, que significa “Eid Abençoado”!

Como podemos orar?

• Desde que os 30 Dias de Oração começaram, houve mais movimentos documentados para Cristo entre os muçulmanos do que nunca.
• Orem para que o ímpeto continue conforme novos discípulos por sua vez discipulam outros e comunidades sejam formadas em cidades e aldeias de todo o mundo. (Atos 2:17-21)
• Orem pelos obreiros cristãos e organizações que servem nos centros urbanos. Se desejar estabelecer contato com organizações que estão fazendo isto, contate-nos para mais informações em: info@pray30days.org
• Peça ao Espírito Santo para continuar a te inspirar a ter o coração de Deus para os muçulmanos, a vê-los como Ele os vê, e a ser a luz que os leva a Jesus. (Mateus 5,14-15)